segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Eu & "Harry Sally - Feitos um para o Outro"


Na semana em que comemoramos a virada do ano, minha escolha é o filme Harry Sally – Feitos um para o Outro (When Harry Met Sally...). Dirigido por Rob Reiner, a produção é de 1989 e conta com Meg Ryan e Billy Crystal como protagonistas.
Após a formatura na universidade, os jovens Harry Burns (Billy Crystal) e Sally Albright (Meg Ryan) viajam juntos para Nova York. Chegando lá, cada um toma um rumo diferente na vida.

O tempo passa e embora não mantenham um tipo de contato direto, sempre se esbarram em situações esporádicas e inesperadas. Como ida a uma livraria, café ou uma reunião de amigos. Até que um dia se descobrem completamente apaixonados.

Aliás, dizer um dia é até um tanto generoso. Na verdade eles esperam mais de dez anos para se tornar realmente um casal. Entre encontros e desencontros, aos poucos esse amor foi se lapidando. A prova maior é que não tinham nada a ver um com o outro, conforme foi mostrado no início da história, fazendo valer a frase “os opostos se atraem”.

Uma das coisas mais bacanas no filme, e aí eu apontaria como uma jogada de mestre do diretor, são os depoimentos que aparecem de anônimos. No decorrer da produção, há sempre um casal de velhinhos contando como se conheceram e construíram uma vida juntos. Até que, ao final da história, quem aparece falando são os protagonistas.

Filme lindo, leve, tendo drama e comédia bem equilibrados. Gostoso de ver e rever, principalmente se for no aconchego do lar e com uma boa companhia.


Melhor cena: Eu destacaria a festa de réveillon em que os dois estão. Cenário bonito com direito a queima de fogos, clima de renovação e planos para o ano novo. Incluindo a nossa expectativa para que eles finalmente se acertem.

Curiosidade: Todos os filmes que falo aqui, inclusive os que apenas cito, eu vi. Claro, jamais poderia falar de algo que não conheça. Mesmo assim, faço questão de pesquisar sobre cada um deles, para relembrar e ainda dá fichas técnicas, confirmar escrita de atores, diretores, roteiristas, ano... Hoje acabei descobrindo uma crítica escrita pelo filho de uma amiga minha, que é cineasta. Achei tão legal a coincidência, que tomei a liberdade de incluir o link. Confira: http://www.contracampo.com.br/87/dvdharrysally.htm

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Eu & "Esqueceram de Mim"

É Natal! Época de confraternizar e agradecer a Deus tudo de bom que ele nos deu. Nada como escolher um título que, além de retratar tão bem essa festa, se tornou um clássico dos filmes do gênero.

O primeiro Esqueceram de Mim (Home Alone) ninguém esquece. Estávamos em 1990 quando John Hugues, roteirista de sucessos “teen anos 80” trazia para as telas o estreante Macaulay Culkin. Mal sabia ele (ou sabia) que aquele menininho loirinho, com cara de danado, viria a se tornar um dos astros mirins mais bem pagos na história do cinema.

O filme começa quando a família McCallister planeja sair de Chicago para passar o Natal em Paris. Mas, na véspera da viagem o caçula Kevin McCallister (Macaulay Culkin) se mete em uma pequena confusão. Como castigo sua mãe o obriga a dormir no sótão, deixando-o irritado. O menino chega a dizer que preferia estar sozinho, a conviver com pessoas que não o compreendem. “Cuidado com o que você deseja, ele pode se tornar realidade”.

O que ninguém poderia imaginar é que naquela madrugada ocorreria uma falta de luz. O relógio não desperta e por conta disso, a família se atrasa e sai apressada para o aeroporto. Já no meio da viagem, a mãe de Kevin tem a sensação de que esqueceu algo. Quando ela descobre se tratar do filho, é tarde demais.

E a confusão não para por aí. Se não bastasse estar sozinho em casa, uma dupla de ladrões pretende roubar as residências do local. Incluindo a dos McCallister. O que eles não imaginavam é que ali estava um menino que, apesar de seus oito anos, de frágil não tinha nada. Kevin consegue transformar a vida daqueles bandidos num verdadeiro inferno e fazê-los se arrepender de um dia ter planejado invadir sua casa.

Esqueceram de Mim consegue despertar no telespectador sentimentos como alegria, tristeza, emoção, amizade, amor, fraternidade e solidariedade, por isso se tornou um marco. O filme levou muita gente às salas de cinema e fez tanto sucesso, que ganhou uma continuação em 1992.

Esqueceram de Mim II – Perdido em Nova York (Lost in New York), contava com quase todo o elenco do primeiro e era tão bom quanto o primeiro. Mais tarde tivemos outras duas continuações, mas sem Macaulay Culkin. E o resultado foi um fiasco.

Melhores Cenas: O filme é muito engraçado e a atuação do então pequeno e novato ator é brilhante. As armadilhas que Kevin prepara para os ladrões são o carro chefe do filme. Mas eu destacaria duas cenas como as minhas preferidas. Primeira: quando ele vai ao supermercado sozinho e a atendente faz um monte de perguntas. Ao perguntar seu nome e endereço, Kevin diz que não fala com estranhos. Segunda: Há um homem que provoca medo em Kevin. Mas quando o menino tem a oportunidade de conhecê-lo, percebe se tratar apenas de um idoso solitário. Os dois acabam se tornando amigos e uma das cenas mais bacanas é quando conversam sobre seus problemas na igreja, durante a missa de Natal.

Curiosidade: O elenco contava com John Candy, comediante famoso na década de 80 e início dos 90. O ator trabalhou em muitas produções de John Hugues. Morto precocemente (1994), até hoje é lembrado por trabalhos como Jamaica Abaixo de Zero e Quem Vê Cara Não Vê Coração.

Eu & a Obra: Fui ao cinema ver Esqueceram de Mim. O filme era tão requisitado que assisti em pé. Dá para acreditar?! Mas, valeu tanto a pena que até hoje é um dos meus favoritos.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Eu & “A Casa das Almas Perdidas”

O filme Atividade Paranormal, recém lançado no cinema, vem ganhando destaque por onde passa. Considerada uma das produções mais assustadoras de todos os tempos, também tem sido comparada ao fiasco Bruxa de Blair por trazer em sua história um ar de veracidade.

Esse último eu ainda vou falar aqui, mas confesso que não tenho lá muitos elogios. E olha que não sou a única. Já o primeiro, ainda não decidi se vou conferir. E você já vai entender o porquê.

Na década de 90 assisti a um filme que seguia o estilo de Atividade Paranormal. Intitulado A Casa das Almas Perdidas (The Haunted / The Haunted: A True Story -1991), a produção foi baseada no livro “The Haunted: One Family's Nightmare", de Robert Curran. Cujos relatos foram tirados de uma história real.

A sinopse é a seguinte: família, moradora da cidade de West Pittston - Pensilvania, se vê diante de terríveis eventos paranormais envolvendo a casa onde reside. Eles passam o filme tentando se livrar do tormento que se tornou suas vidas.

Motivo para tantos arrepios? Vários. Casa, família e vizinhança comuns, dessas que convivem o dia-a-dia com você. E mais, o fator “história real”. O livro em que o diretor Robert Mandel se inspirou para fazer o filme continha 28 relatos de pessoas que testemunharam os episódios sobrenaturais.

Além disso, a veracidade nas imagens. Para piorar a sensação de tensão, a textura das cenas não coincidia com película. A impressão que dava era a de uma produção direta em vídeo, para ser exibida em TV. Uma espécie de vídeo caseiro.

O filme fez sucesso na época, chegando a recebeu indicações aos prêmios Emmy e Golden Globe. Até hoje atrai os amantes de filmes de terror, que costumam apontá-lo como um clássico do gênero. Não o acho de todo ruim, mas é um filme que não tenho vontade de assistir novamente. Por isso o escolhi para estampar a seção “Troféu Framboesa”.

Pior cena (ou melhor, para quem gostar): Apesar de me recordar muito pouco do filme, com certeza as que aparecem almas andando pela casa. Em nada lembram o estilo caça fantasmas ou gasparzinho... São muito reais!

Eu & a Obra: Como amante do cinema, sempre gostei de filmes de terror. Já vi muitos por essas minhas andanças em salas de cinema e locadora... De O Exorcista a Poltergeist. E embora ache todos esses muito fortes, A Casa das Almas Perdidas é um que jamais veria de novo, já que fiquei realmente muito impressionada.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Eu & "Manequim - a magia do amor"

Sabe aqueles filmes pouco divulgados, que você assiste por um acaso e de repente se encanta? Isso aconteceu comigo quando vi Manequim – a magia do amor (Mannequim – on the move), numa época em que meu passatempo predileto era garimpar as prateleiras da locadora, em busca de títulos interessantes. Se bem que até hoje faço isso. Rsrs.

O filme foi dirigido por Stewart Raffill em 1991, e tem no elenco principal os atores Willian Ragsdale (A Hora do Espanto) e Kristy Swanson (do filme Buffy – a caça vampiros).

A história começa com o romance entre o príncipe Willian e a camponesa Jessie. Vitima de uma maldição, que já dura mil anos, a jovem foi transformada em boneca com o objetivo de separar o casal.

Já nos dias atuais, o manequim vai parar numa loja de departamentos para um evento de moda, em que contará a história do amor impossível entre a camponesa e seu príncipe.

Nessa mesma loja trabalha Jason, rapaz que vem a ser descendente do príncipe Willian. Durante uma noite, enquanto trocava a roupa do manequim, ele descobre que a lenda é verdadeira. Ao tirar o colar do pescoço da jovem, ela retorna a vida. E o mais engraçado é sua reação ao vê-lo, já que acredita estar de novo nos braços de seu grande amor.

Aventura e muito romance embalam esse filme, que vale a pena conferir!

Eu & a Obra: Tive uma colega que conseguiu seu primeiro trabalho na locadora em que eu frequentava. Um dia estava por lá e ela me pediu que indicasse algo para um cliente, que procurava um filme para suas filhas. Indiquei esse. Sabe qual foi minha surpresa? Tempo depois ela veio me agradecer a ótima dica, já que agradou toda a família.

Curiosidade: Esse ano descobri que Manequim – a magia do amor é remake. Dirigido por Michael Gottlieb em 1987, o nome original é Manequim (Mannequim) e traz no elenco Andrew McCarthy (A Garota de Rosa Shocking) e Kim Cattral (A Samantha – Sex and the City) nos papeis principais. A diferença desse para o outro é que a boneca se trata de uma deusa egípcia, que toma vida à noite e ajuda o jovem a decorar as vitrines da loja. Muito legal também.

domingo, 29 de novembro de 2009

Eu & “Quebrando a Banca”



O primeiro título que citei aqui em meu blog foi para a coluna "and the Oscar goes to..." A que dedico aos filmes que mais gostei. Àqueles que acredito merecerem um lugar de destaque.

Desde então, embora continuasse contando minhas histórias através de meus filmes, estava pensando em qual seria o próximo título a ocupar esse lugar. No início, queria que fosse nacional. Mas acabei optando por um que revi recentemente e, para ajudar, ontem vi o clipe da música tema. Como acredito em sinais...

Lançado em 2008, o filme Quebrando a Banca (21) é uma produção baseada em fatos reais. A história começa quando um grupo de jovens superdotados, liderados pelo professor Micky Rosa (Kevin Spacey), convence Ben Campbell (Jim Sturgess), rapaz tímido e fera em matemática, a participar de uma grande jogada. Na verdade, várias jogadas.

Os estudantes vão tentar a sorte nos cassinos de Las Vegas, jogando vinte-e-um. Usando o cálculo estatístico, através de um método simples de contar cartas (método alto-baixo desenvolvido por Edward Thorp nos anos 60, que rastreava o número de cartas altas que ainda não tinham saído da caixa de cartear), passam de mesa em mesa faturando milhões de dólares.

No início, Bem aceita porque precisa do dinheiro para pagar sua faculdade de medicina. Porém, acaba ficando deslumbrado com tanto glamour. Resultado: quanto mais ganha, mais quer.

O excesso de confiabilidade leva-o a cometer um deslize, que vai lhe custar não só todo o dinheiro que havia ganhado como também amigos, namorada e o passaporte para a tão sonhada faculdade.

Porque eu gosto tanto de Quebrando a Banca: Primeiro - amo filmes inteligentes. Desses que te fazem pensar e ao final, falar P.Q.P... que filme! Segundo - Ele é ágil, interessante, bem amarrado e ainda tem Kevin Spacey, um dos melhores atores que eu já vi na vida. Terceiro -  Jim Sturgess, apesar de novato, não faz feio no papel principal. Ah, e a música tema: “Young Folks”, de Peter Bjorn And John. Caiu muito bem com o estilo do filme.

Cenas de destaques: As do Cassino. Show vê-los jogando.

Curiosidades: O filme é baseado em fatos que ocorreram na década de 90. De 1994 a 1998, o jovem Kevin Lewis teve uma vida dupla. Durante a semana, freqüentava as aulas do mit como um estudante comum. Nos outros dias, trocava de personalidade e faturava alto nas mesas de vinte-e-um. Entre suas aventuras, bebeu na companhia de modelos da Playboy, foi expulso de um navio-cassino em Louisiana e quase parou numa prisão, em Bahamas. Além de ser rastreado pela Receita Federal.

sábado, 21 de novembro de 2009

Eu & “Edward – Mãos de Tesoura”


A gente quando começa a mexer com um projeto, sempre dá um jeitinho dele ficar cada vez melhor. Pensando nisso, resolvi criar uma nova categoria em meu blog. Desta vez, destinadas àqueles títulos que tive o prazer de conferir nas telas do cinema.

E nada como estrear com chave de ouro. Minha escolha para brilhar pela primeira vez na seção “Pipoca com Coca Cola” (não gosto muito de guaraná) é Edward – Mãos de Tesoura (Edward Scissorhands).

O filme deu inicio a parceria de sucesso, mantida até hoje, entre o diretor Tim Burton e o ator Johnny Depp. Lançado em 1990, a produção é uma fábula, nada convencional, contada nos dias atuais.

Tudo começa quando a consultora de beleza Peg Boggs, vivida pela atriz Dianne Wiest, sai para mostrar seus produtos pela cidade. Na busca por novos fregueses, ela se dá conta que nunca tentou vender aos moradores de um castelo, localizado no alto de uma montanha, próxima ao seu bairro.

Chegando lá encontra Edward (Johnny Depp), um rapaz que tem tesouras no lugar das mãos. O jovem conta que foi criado por um cientista (Vicent Price), cujo veio a adormecer (falecer) antes de completá-lo. Ele então permaneceu, sozinho, na esperança de que seu “pai” acordasse.

Sensibilizada com sua história, Peg decide levá-lo para morar em sua casa. No início todos estranham um pouco, mas logo começam a ver Edward como membro da família. Até a chegada da filha mais velha (Winona Ryder), que será responsável pelo nascimento de um amor impossível entre o jovem casal.

Paralelo a isso, não apenas a imagem exótica de Edward despertará a curiosidade dos vizinhos como também, sua ingenuidade, bondade excessiva e talento com as tesouras.

Edward - Mãos de Tesoura até hoje é lembrado como um dos filmes mais belos na história do cinema. Acostumado a trazer para as telonas produções excessivamente sombrias, nessa Tim Burton inova ao mostrar um contraste entre o escuro e o claro, com cores presentes em cenários e figurinos.

Johnny Depp, até então, era desconhecido do grande público. Suas únicas passagens pelo cinema haviam sido em pequenas produções, como Férias do Barulho. Ou ainda, participações em filmes como Platoon e A Hora do Pesadelo.

A partir de Edward, o ator passou a ser apontado como incomum. Deixou de lado o estereotipo de galã, papel que na verdade nunca teve a pretensão de interpretar, e se entregou a personagens que exijam não apenas talento, como também disponibilidade para sofrer metamorfoses. Não é a toa que se tornou um dos melhores atores de Hollywood, queridinho do público, de Tim Burton e de mim.

Momentos marcantes: É um filme simples, estilo sessão da tarde, mas recheado de cenas interessantes. Por ser uma fábula, destaco as mais emotivas. Acho bacana quando Edward lembra de seu criador (saudoso e maravilhoso Vincent Price). A inocência em falar de sua vida, desde sua criação, passando pelas lições que lhe deu e terminando com sua morte, quando ingenuamente Edward diz: “Ele não acordou”.

Também destaco a trilha sonora. A “musiquinha” que toca é triste, daquelas capazes de trazer lágrimas aos nossos olhos.

Eu & a Obra: Apaixonada pelo Johnny Depp, fui ver Edward no cinema, acompanhada de minha irmã mais velha e duas amigas (Ak e Gra) do colégio, no Valentine’s Day – daqui, claro. Como minhas amigas estavam atrasadas, entrei no cinema e fiquei logo na frente. Nessa época ainda haviam salas fora dos shoppings e a porta ficava ao lado da tela. Entrei, me sentei e mal o filme começou... Vejo um clarão, escuto vozes: Tatyyy! E resmungos: shiiiiiiiiiiiiiiiiii.

Além de entrarem me chamando, fui obrigada a levantar no meio do escuro para sentarmos todas juntas, em outro lugar. Mas valeu! Filme ótimo, tarde agradável... Passei o dia dos namorados com Johnny Depp, o namorado + que perfeito. Mas, como nem tudo são flores... No filme o que estraga é Winona Ryder, que eu o-dei-o!

Curiosidade: Fui a única que achou Johnny Depp lindo no papel de Edward. As pessoas não entendem que amor vai além da beleza física... Amo os seus olhos e como Edward, eles estão mais lindos do que nunca.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Eu & “Sabrina”


Quando vi Sabrina pela primeira vez, lá pela década de 90, não fazia ideia que se tratava de um remake. Na verdade, a produção original é de 1954 e traz Humphrey Bogart e Audrey Hepburn interpretando o casal de protagonistas.

Na última semana consegui ver a versão mais antiga e por isso nada mais justo que citá-la aqui, na seção “Clássicos”.

O filme é baseado na história de Sabrina, filha do motorista de uma família pertencente à grande sociedade. A menina, criada na ala dos empregados, sempre foi apaixonada pelo filho mais novo dos patrões. Mas, como era de origem humilde e muito tímida, jamais teve qualquer chance de se aproximar dele. Mais tarde esse mesmo rapaz se tornaria um playboy irresponsável, espécie de ovelha negra da família.

A jovem cresceu e foi estudar em Paris. Passados alguns anos, o patinho feio voltou na pele de um verdadeiro cisne. Bastou Sabrina se transformar numa mulher bonita e refinada, para chamar a atenção de seu amor, interpretado por William Holden.

Como em todo conto de fadas, o romance dos dois irá sofrer intervenções. Apesar de se mostrar encantado por ela, o rapaz precisa se casar com alguém de sua classe social e assim, permitir a fusão entre as empresas da família. É aí que entra Humphrey Bogart, na pele de um grande empresário e irmão mais velho. Agora o que ele não esperava era se descobrir apaixonado pela jovem Sabrina.

Porque vale a pena conferir: Roteiro simples, bem ao estilo conto de fadas, o filme é muito gostosinho de assistir. Romance, boas atuações, discussões sobre diferenças sociais... E ainda tem Audrey Hepburn, que para mim é a mulher mais bela que o cinema já teve.

Curiosidade: Em 1995 uma nova versão de Sabrina foi lançada nas telonas, dessa vez com Harrison Ford e Julia Ormond nos papeis principais. Em momento algum o casal fez feio. Eu indico as duas versões.

Eu & “10 Coisas que eu Odeio em Você”

Taí um filme que eu não havia programado falar a respeito tão cedo, mas como ele passou recentemente na “Sessão da Tarde” – TV Globo, achei que seria uma boa deixa para entrar na minha seção “Cinema em Casa”.

Esse romance, dirigido por Gil Junger, estreou em 1999 e não precisou de muito esforço para conquistar o público. A sinopse é a seguinte: jovem menina, filha de pai conservador, sonha ter uma vida social, recheada de romance, mas em seu caminho está a irmã mais velha, garota independente, feminista, do tipo que não está nem aí para as baboseiras do coração. Já dá para imaginar o que vem a seguir...

Elenco jovem e trilha sonora marcante, a grande sacada da produção foi trazer para o moderno uma história baseada na peça A Megera Domada, de Shakespeare. A semelhança é tanta que até o nome das irmãs, Bianca e Kat (Katerine) se manteve. E assim como na peça, cuja ideia era encontrar um homem que aceitasse se casar com a filha mais velha, no filme, Bianca (Larisa Oleynik) pede ajuda ao jovem Joey (Andrew Keegan), que gosta dela, para encontrar um rapaz capaz de conquistar o coração da dura Kat (Julia Stiles), abrindo assim o caminho para os dois namorarem.

Paralelo a isso, o garoto mais popular da escola também está interessado na jovem Bianca. Fingindo querer ajudá-lo, Joey convence esse rapaz a pagar alguém para sair com Kat. É aí que entra Patrick (Heath Ledger), rapaz misterioso, bem ao estilo James Dean, e tão durão quanto a jovem. Seria ele seu par perfeito?

Além de se tornar um dos filmes mais querido pelos jovens, 10 Coisas que eu Odeio em Você (10 Things I Hate About You) apresentou a Hollywood atores como Julia Stiles (O Sorriso de Monalisa) e o saudoso Heath Leadger, que antes de morrer imortalizou o vilão Curinga em Batman – O Cavaleiro das Trevas. Trabalho que lhe rendeu um Oscar in memorian.

Melhor cena: Romântica eu diria a que Patrick canta a música “Can’t take my eyes off you” para Kat, em plena quadra do colégio. Ali ele começa a conquistar seu coração. Já emocionante... quando Kat se decepciona com Patrick, como trabalho de escola ela escreve um poema citando as 10 coisas que odeia nele. Daí o nome do filme.

Eu & a Obra: Pegando carona no filme, um dia resolvi fazer uma surpresa para um “carinha” que gostava. No dia dos namorado dei um buquê de flores e um cartão, enumerando as 10 coisas que odiava nele. Na verdade, eram as que eu gostaria de odiar. Continuamos na amizade, mas valeu a experiência. Se eu faria de novo? Não! O bom na vida é que além de crescermos, nós amadurecemos.

sábado, 14 de novembro de 2009

Eu & “Jerry Lewis”


Minha relação com Jerry Lewis surgiu da mesma forma que com a maioria das crianças, através dos filmes que passavam na Sessão da Tarde – TV Globo. Ou ainda, mais tarde no Corujão, programa da mesma emissora. Já a escolha de ilustrar minha seção “Calçada da Fama”, graças a mais uma obra que vi recentemente no Telecine Cult. Acho que já estava mais do que na hora!

Joseph Levitch nasceu na cidade de Newark, em Nova Iorque, no dia 16 de março de 1926. Considerado um dos maiores comediantes de todos os tempos, sua carreira teve início através de uma parceria com o também ator Dean Martin (já falecido). Juntos formaram uma dupla cômica, responsável por grandes sucessos no cinema norte-americano, até meados dos anos 50.

Por conta de divergências na concepção dos filmes e ciúme profissional, a dupla se desfez 1956. A partir daí Jerry Lewis tomou controle de sua carreira e, além de ator, trabalhou como diretor, produtor e escritor, alcançando êxitos de bilheteria e se mantendo como um dos principais astros de Hollywood até 1966.

Após essa data, sua carreira cinematográfica sofreu um declínio. Sendo assim, nos anos 70 o ator passou a se dedicar aos programas de televisão, sempre com grande sucesso.

Em 1976 Jerry Lewis e Dean Martin se reencontraram, por iniciativa de Frank Sinatra, em um programa beneficente. Mais tarde, em entrevista a Larry King Jerry contou, orgulhoso, que conseguiu contornar a surpresa perguntando a Dean se ele estava trabalhando.

Nos anos 80 o ator voltou ao cinema em O Rei da Comédia, de Martin Scorsese. Ele também participou da série de televisão Wiseguy (O Homem da Máfia). Já em 1993, fez uma participação no filme Arizona Dream, ao lado de Johnny Depp.

Esse ano Jerry Lewis ganhou o Prêmio Jean Hersholt, Oscar Humanitário, por ter contribuído para a criação da “Associação de Distrofia Muscular”, no início dos anos 50. Até hoje o ator continua envolvido em trabalhos assistenciais, sendo inclusive um dos fundadores do Teleton.

Filme apontado como o mais conhecido: Jerry Lewis é mais lembrado pela comédia O Professor Aloprado, de 1963. Na versão original o personagem desastrado de Jerry se transformava em um conquistador de mulheres, uma paródia de seu antigo/parceiro Dean Martin. O filme teve uma refilmagem em 1996, desta vez com Eddie Murphy no papel principal.

Curiosidade 1: O produção que me fez prestar essa homenagem era O Mensageiro Trapalhão – 1960. Uma das coisas mais bacanas nesse filme é que o ator simplesmente não fala, mas consegue tirar boas gargalhadas do público através de seus gestos e expressões. Prova de que, com certeza, Jerry Lewis é um dos melhores comediantes da história do cinema. Perdendo, talvez, apenas para Charles Chaplin. Mas aí também já é covardia!

Curiosidade 2: Para não dizer que ele não fala, na cena final ele expressa algumas palavras. E quando perguntado porque se fazia de mudo, responde: “Quem disse que eu era mudo? Eu sei falar. Só nunca disse nada porque ninguém me perguntou”. Genial!

Filmes preferidos: Há muitos filmes dele pelos quais sou apaixonada, mas entre meus preferidos destaco: Bancando a Ama-Seca – 1958 e o Terror das Mulheres - 1961.

domingo, 1 de novembro de 2009

Eu & “Crepúsculo”


Em comemoração ao Halloween minha escolha dessa semana é Crepúsculo. Como o filme é uma produção atual, vai para a seção Luz, câmera, ação.

Com direção de Catherine Hardwicke, foi lançado em 2008 e é pioneiro de uma série, baseada nos livros de Stephen Meyer. Tudo começa quando Isabella Swan (Kristen Stewart), filha de pais separados, resolve morar uns tempos com o pai. Frequentando um novo colégio, em meio a pessoas desconhecidas, ela se vê atraída por Edward Cullen (Robert Pattinson), jovem encantador e muito misterioso.

O rapaz acaba se mostrando interessado nela e o encontro torna-se algo inevitável. Mas, para surpresa de Isabella, Edward é mais do que um belo rapaz. É um vampiro e sabe que sua condição pode colocar a amada em perigo. Começa aí uma das histórias que mais vem encantando jovens e adolescentes nos últimos tempos.

Repetindo o fenômeno Harry Potter, que também é baseado numa série de livros, o filme foi campeão de bilheteria aqui e nos EUA. Além disso, aumentou consideravelmente às vendas dos livros, assim como produtos licenciados. E mais, sua continuação - Lua Nova - está preste a estrear nas salas brasileiras com ingressos disponíveis antecipadamente.

Quanto a minha percepção, é mediano. Não o acho ruim, porém diante do que falaram eu esperava bem mais. O romance é legal, o cara é lindo, mas a história é um tanto comum. Mesmo se tratando entre dois seres tão diferentes.

Talvez eu acabe batendo na tecla de que há coisas que não se devem modernizar demais, e a figura do vampiro é uma delas. Gosto dos medievais, aristocratas, gentlemans... É aí que mora o segredo para seu charme!

Até hoje o único filme do gênero, mas puxado para o moderno, que me agradou foi The Lost Boys – Os Garotos Perdidos. Fizeram uma coisa bacana já que, apesar de passar nos dias atuais, a imagem, forma como vivem, suas necessidades, se manteve. Isso foi uma grande jogada, e infelizmente ele não teve toda essa repercussão.

Vampiro que anda de dia já é difícil de aceitar, brilhando no sol feito purpurina então. Foi a gota d’água! Que saudade de Bella Lugosi, Christopher Lee, Vincent Price, Gary Oldman...

Hei, por favor. Não deixe de ler o blog por causa disso. Tudo aqui não passa da minha opinião e você pode concordar ou discordar à vontade. Somos uma democracia!

Melhor Cena: Acho legal a partida de beisebol entre um grupo de vampiros. O jogo de câmera cria um efeito bacana. Outro ponto alto do filme é a fotografia, além do casal ficar bem, juntos.

Curiosidade: O filme foi tão bem aceito que gerou a criação de uma nova série de TV, atualmente exibida no Warner Channel. Em Vampire Diaries a história é bem parecida, com a diferença de que a mocinha é disputada por dois irmãos vampiros, sendo um mau e o outro bom.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Eu & "Juventude Transviada"


Existem filmes que todos deveriam ver, independentes de serem bons, ruins, campeões de bilheteria ou uma lenda. Minha escolha para compor a categoria “clássicos” é um desses.
Juventude Transviada não entrou em minha vida por acaso. Na verdade, fazendo jus às minhas primeiras palavras, vi o filme porque tinha curiosidade de saber como era. Além de conhecer James Dean, astro de quem sempre muito se falou.

Quando assisti pela a primeira vez estava no colegial. Tive sorte de achá-lo na locadora e não perdi tempo. Aluguei! Lembro que gostei muito, não só da história como também da atuação de seu maior astro, o galã James Dean.

Ontem tive a sorte de rever. Nossa, percebi que se tratava de um filme que não me lembrava direito. Foi como se o visse pela primeira vez, o que é sempre muito gostoso. Apesar de parecer uma novidade, não mudou minha concepção.

Lançado em 1955, o filme foi dirigido por Nicholas Ray. A história, como o nome mesmo define, é baseada na juventude rebelde da década de 50. James Dean vive o jovem Jin Stark. Problemático por natureza, acaba preso por causar desordem na cidade onde vive.

Na cadeia, conhece e se apaixona por Judy (vivida por Natalie Wood). A jovem tem problemas com o pai e namora um badboy chamado Buzz, líder de uma gang. A rivalidade entre os dois logo fica clara e levará os jovens a situações extremas e irreversíveis.

O filme retrata muito bem uma juventude problemática, desgarrada de princípios, valores, ou simplesmente abandonada e incompreendida pela família. James Dean se sai bem e deixa claro porque entrou para o clã dos galãs hollywoodianos.

Apesar de antiga e com poucos recursos, tem uma fotografia maravilhosa. E mais, vale lembrar que embora tenha servido de inspiração para produções como Vidas sem Rumo e Selvagens da Motocicleta, não deixa nada a desejar.

Melhor cena: A antológica cena do pega, quando dois jovens rivais seguem com seus carros em direção a um penhasco, tendo a mocinha dando o sinal de arrancada abaixando os braços. Inclusive ela já foi repetida em outras produções, como por exemplo o filme Grease - Nos tempos da brilhantina.

Curiosidade: Revendo o filme descobri uma semelhança incrível entre James Dean e Brad Pitty. Não tanto física, mas de atuação. Principalmente quando chora. Nossa, fiquei impressionada!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Eu & "John Hughes"


Quando pensei na categoria “Calçada da Fama”, gostaria de usar esse espaço para homenagear personalidades ligadas à sétima arte que, de alguma forma, tenham marcado minha vida. Para isso, não precisa ser apenas aquele galã que tira meu fôlego, mas também diretores, redatores e /ou produtores que aprendi a admirar, através de seus trabalhos.

Até hoje, um filme para chamar minha atenção costuma ir além de sua história. Geralmente procuro acompanhar a carreira de atores que gosto, e para isso vejo todos os seus trabalhos. Mas muitas foram às vezes em que me guiei por um diretor ou roteirista. E quer saber? Na maioria das vezes, deu certo.
Quanto ao primeiro texto... Cheguei a pensar em falar sobre Johnny Depp, que é meu grande ídolo. Além disso, há a questão das superstições. Ou seja, com certeza ele me daria sorte. Mas já está tão presente em minha vida, que não irá se importar em ceder a vez e me deixar homenagear alguém também muito especial. Para garantir, a estrelinha que usarei será sempre a sua. Rsrs.

O cineasta John Hughes entrou em minha vida da mesma forma que na de muitos adolescentes. Na década de 80, através de seus filmes dedicados ao público teen, que viviam batendo cartão na sessão da tarde – TV Globo.

Sua estreia nas telonas foi com o filme Gatinhas e Gatões (1984). Entre seus sucessos, como diretor, contabilizam ainda Clube dos Cinco (1985), Mulher Nota 1000 (1985), A Garota de Rosa Shoking (1986) e o mega sucesso Curtindo a Vida Adoidado (1986), que acabou entrando para a lista dos novos clássicos.

Com seus trabalhos, além de descobrir novos talentos, soube traçar o perfil dos jovens e falar diretamente a sua língua. Quem mais colocaria na telona um cérebro, um atleta, uma pirada, uma princesa e um criminoso juntos, na mesma sala? Ou ainda, a criação da mulher ideal, por dois nerds, através do computador?

Por fim John Hughes conquistou todo um legado quando mostrou as aventuras de Ferris Buller, no dia em que “cabulou” a aula, para curtir a vida na companhia dos amigos. Até hoje a personagem vivida por Matthew Broderick passa, de geração para geração, a mensagem de que a vida é curta e por isso deve ser aproveitada.

O segredo do seu sucesso estava justamente nas mensagens que transmitia em seus filmes. “Rebeldia, medo, ansiedade... NÃO ao preconceito e SIM às diferenças”.

John Hughes faleceu de ataque cardíaco, durante uma caminhada, em agosto desse ano. Ele tinha 59 anos e deixou não apenas Ferris Buller, mas toda uma geração órfã. Inclusive eu!

domingo, 18 de outubro de 2009

Eu & "Sintonia de Amor"


De todas as categorias que criei para esse blog, ainda não consegui apresentar a que dedico aos grandes nomes do cinema, sejam eles atores ou diretores. Tinha deixado para agora, mas infelizmente vai ter que esperar um pouco mais. Tudo isso por que revi um filme hoje e me deu muita vontade de falar sobre ele. É bem light, do tipo para ver em casa, acompanhado ou não.

Sintonia de Amor (Sleepless in Seattle) é uma produção de 1993 e deu inicio a parceria Meg Rayan e Tom Hanks, que seria repetida anos depois num filme, da mesma linha “comédia romântica”, chamado Mensagem para Você (falo dele mais para frente).

O filme começa quando Sam Baldwin (Tom Hanks), que mora em Seattle, fica viúvo e precisa tomar conta do filho Jonah (Ross Malinger). O tempo passa e, um ano e meio após a morte da esposa, ele ainda sofre a perda da amada.

Vendo que seu pai se sente muito só, Jonah resolve ligar para um programa de rádio na véspera de Natal, com esperança de encontrar uma namorada para Sam. É aí que entra Annie Reed (Meg Ryan). A jornalista escuta a participação do menino e acaba se sensibilizando com sua história. E mais, se apaixona por Sam mesmo sem nuca tê-lo visto.

Pai e filho começam a receber cartas de mulheres vindas de diversos Estados, porém o menino fica interessado na que Annie escreveu. Mas como ela mora muito longe, Sam logo a descarta. Agora está nas mãos de Jonah juntar Sam e Annie, já que acredita se tratar de almas gêmeas.

Com história envolvente e trilha sonora belíssima, Sintonia de Amor tem grandes chances de entrar para sua lista de favoritos. Principalmente se você é daqueles que curte filmes de amor, ou gosta de conferir os trabalhos de Meg Rayan.

Durante um tempo ela fixou sua carreira em roteiros bem parecidos. Tudo começou com Harry & Sally (1989), passando por Sintonia de Amor (1993), Surpresas do Coração (1995) e Mensagem para Você (1998). Todos ótimos! E futuras pautas... Aguardem.

Melhor cena: O encontre de Sam e Annie, no alto do Empire State – Nova York, no Valentine’s Day.

Curiosidade: Uma das coisas legais em rever filmes é que a gente sempre acaba reconhecendo no elenco, alguém que não era tão famoso na época. Nesse caso é Bill Pullman, que faz o namorado de Meg Rayan. Aposto que ele nem sonhava em conquistar Sandra Bullock - Enquanto você Dormia (1995), ou se tornar o presidente mais gato que os EUA já teve - Independence Day (1996). Rsrs.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Eu & “Psicose”


Uma das minhas maiores dúvidas era escolher um título para abrir minha seção Clássicos. São tantos filmes bons, interessantes, grandes nomes... Ontem revi o clássico dos clássicos. Sinal divino ou não, a verdade é que não poderia falar de outro que não fosse Psicose, do mestre Alfred Hitchcock.
O filme é baseado na história da secretária Marion Crane, vivida pela atriz Janet Leigh, que foge da cidade após roubar 40 mil dólares do seu patrão. No meio do caminho ela é surpreendida por uma chuva, que a obriga parar num hotel isolado cujo dono é Norman Bates (Anthony Perkins), rapaz com um comportamento bem estranho.

Enquanto é procurada por sua irmã, namorado e um detetive contratado pelo seu patrão, a jovem acaba sendo alvo de um brutal assassinato. E é aí que o mistério de seu sumiço começa a tomar novos rumos.

A produção é de 1960 e entrou para a história como uma das maiores do gênero, suspense. Como é em preto e branco, quase no estilo “Noir”, mais sombrio impossível.

Com certeza uma das grandes jogadas do diretor foi a trilha sonora, já que o tempo todo ela mantém um clima tenso junto ao telespectador. Além disso, eternizou uma das cenas mais famosas na história do cinema. A sequência do chuveiro, que termina na morte da jovem.

Agora a pergunta que não quer calar: “Você se hospedaria sozinha num hotel de beira de estrada, numa noite chuvosa, sem nenhum outro hóspede presente, cujo dono vive isolado do mundo num casarão sombrio?” Eu acho que não!

O engraçado é que, apesar do tempo e levando em consideração todos os recursos que contamos hoje, Psicose ainda assusta mesmo àqueles que conhecem o filme do começo ao fim.

Melhor cena: Além da tradicional cena do chuveiro, a sequência em que a jovem foge de carro, da cidade. A música de fundo e o olhar de culpa dela... Sensacional.

Curiosidades: Quando Alfred Hitchcock produziu Psicose, já tinha mais de 50 trabalhos contabilizados. Porém esse filme foi o grande marco em sua carreira, sendo considerado obra prima e um dos mais influentes na história do cinema. O filme teve ainda 3 desnecessárias continuações. Além de um remake, realizado em 1998 pelo cineasta Gus Van Sant. A produção em cores foi apontada como uma das piores refilmagens de todos os tempos. Sinal de que clássico que é clássico não deve ser transportado para os dias atuais.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Eu & "Mamma Mia"


No último fim de semana eu assisti o filme que escolho para ser o primeiro da categoria Luz, câmera, ação. Categoria essa que dedico as produções mais recentes.

Mamma Mia – o filme (2008) é um musical adaptado para o cinema. A história se passa na ilha de Kalokairi, localizada na Grécia. Lá vive Donna (Meryl Streep), proprietária de um hotel, e sua filha Sophie (Amanda Sheyfried).

A menina está preste a se casar, mas não sabe quem é seu pai. Após ler o diário da mãe, Sophie descobre que há três possíveis candidatos à paternidade e resolve convidá-los secretamente. Ao descobrir que seus ex-namorados estão na ilha, Donna se desespera. Afinal, no passado ela se envolveu com os três ao mesmo tempo. Está armada a confusão.

Mamma Mia é uma deliciosa comédia embalada pelas músicas do Abba. Meryl Streep dá um show de interpretação e o elenco ainda conta com os atores britânicos Pierce Brosnan (007) e o tímido Colin Firth (Diário de Bridget Jones). Recomendadíssimo!

Melhor cena: Por se tratar de um musical, todas as que o elenco canta e dança são ótimas. Mas destaco a sequência de “Dancing Queen”.

Motivos para ver o filme: Além da chance de ver uma Meryl Streep muito “P. Louca”, ninguém duvida que ela é uma riponga na faixa dos 40, a fotografia é lindíssima. As paisagens e o mar azul da Grécia só aumenta a vontade de conhecer o lugar.

sábado, 10 de outubro de 2009

Eu & "As idades de Lulu"


Um dia eu e uma amiga do colégio estávamos decidindo qual filme ver no cinema. Essa minha amiga só usava um perfume importado chamado Lulu e coincidentemente nessa época chegava às salas de cinema um filme espanhol chamado As idades de Lulu. 

Roberta, que hoje mora em Cuiabá, me perturbou para assistir só por causa do nome. Não lembro bem porque acabamos desistindo, talvez por conta da classificação etária, só sei que um tempo depois peguei o filme na locadora. E hoje ele é minha escolha para estrear a seção “Troféu Framboesa”. Você já vai saber porquê.

As idades de Lulu (Lãs edades de Lulu) é uma produção de 1990. Com direção de Bigas Luna, o filme conta às experiências de Lulu (Francesca Néri), uma menina criada sem muita atenção, ao se envolver com um amigo da família chamado Pablo (Oscar Ladoire). Como ele se trata de um homem bem mais velho que ela, acaba aflorando em Lulu uma sexualidade sem pudor.

Para quem não sabe o Troféu Framboesa é uma espécie de Oscar ao contrário, já que é dado aos piores do cinema. Por isso As idades de Lulu veio parar aqui. O filme é tão ruim, que eu não consegui vê-lo até o final. E olha que não fui a única, pois lembro de muita gente reclamando.

Se fosse defini-lo eu diria que foi uma tentativa mal sucedida de Lolita (em breve falarei sobre ele também). Esse pelo menos tem algum sentido, enquanto que As idades de Lulu... O filme não tem nexo, só sexo.

Vale lembrar que a ideia do blog é dividir com o leitor minha paixão pelo cinema. Os títulos citados servem de dicas para quem se interessar em conferir. Já minha opinião em relação a eles, o nome já diz tudo. É minha opinião. Ou seja, você pode concordar ou não com ela. Ok?! Viva a liberdade!

Uma cena engraçada: Quando Pablo ensina Lulu a se depilar.

A pior cena: Tarefa difícil quando toda a produção é ruim. Cito uma orgia em que Pablo submete Lulu. Parei de ver o filme daí.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Eu & "Gremlins"

Pensando em qual seria o primeiro filme a estampar a categoria "Novos Clássicos", decidi escolher um dos grandes sucessos de Steven Spielberg que fez parte da minha infância. Coincidentemente eu o revi ontem (08/10), no canal a cabo TCM.
O ano era 1984 e Spielberg já havia feito muito sucesso com ET - 82 (título que você ainda verá aqui). Foi quando decidiu levar às telas de cinema criaturinhas bem estranhas.

Gremlins começa quando o pai de um rapaz chamado Billy (Zach Galligan) encontra um mogwai, bichinho de estimação, numa loja localizada num bairro chinês. Ele consegue levar o Gizmo (como era chamado) para casa, com a promessa de tomar 3 cuidados.

Evitar:

• Expor o animal à luz forte;

• Deixar que se molhasse;

• Alimentá-lo após a meia noite.

Chegando em casa, Billy logo se encanta pelo animal dócil e sensível. Até que o pior acontece. Quando molhado, ele gera novas criaturas da sua espécie. E mais, ao deixar que se alimentem após a meia noite, essas mesmas criaturas sofrem metamorfose, dando origem a espécies mais agressivas. O resto você já pode imaginar.

O filme está intitulado na categoria terror, mas acaba sendo bem engraçado. Isso porque as maldades cometidas pelos Gremlins, apesar de provocar incidentes, não passam de peraltices. O sarcasmo é o ponto forte de sua personalidade, provocando boas gargalhadas.

Anos depois o filme gerou uma continuação. Em Gremlins 2 (1990), eles invadem a cidade de Nova York e aprontam a maior confusão por lá. Claro!

Melhor cena: Quando o grupo de Gremlins invade um cinema. O filme exibido é A Branca de Neve. Eles ficam doidos com a musiquinha cantada pelos 7 anões e começam a gritar “eu vou, eu vou”.

Curiosidade: O elenco conta com a participação de Corey Feldman quando ainda era um garotinho. Mais tarde ele faria parceria com Corey Haim em diversos trabalhos e os dois se tornariam os queridinhos da meninada, nos anos 80.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Eu & "Amor à Primeira Mordida"

Eu não me lembro quando comecei a ver filmes, apenas sei que foi quando ainda era uma garotinha. Pensando em qual seria o primeiro título a ser comentado aqui, não podia escolher outro senão um dos que mais assisti em minha vida (parei de contar quando chegou ao nº 13). Estou falando de Amor à Primeira Mordida (Love at First Bite), produção de 1979 do diretor Stan Dragoti. Por se tratar de um dos meus filmes favoritos, ele entra na categoria “and the Oscar goes to...”
A história começa quando o Conde Vladimir Drácula (George Hamilton) é despejado de seu castelo, na Transilvânia. Cansado da rotina, que já durava 700 anos, Drácula resolve se mudar para Nova York em busca de seu grande amor, a Top Model Cindy Sondheim (Susan Saint James), que ele conhece apenas das capas de revistas. Na companhia de seu fiel escudeiro Renfield (Arte Johnson), o Conde vai viver muitas aventuras em meio a uma sociedade moderna.
Como a produção é antiga, os efeitos especiais são bem simplórios. O bom é percebemos que, mesmo com pouco recurso, podemos tornar uma história divertida e agradável. Isso é cinema!
O destaque maior da trama com certeza é George Hamilton no papel principal. Eu particularmente o acho um dos atores mais charmosos da história do cinema. E É esse charme que o torna um vampiro irresistível, desses que não precisa de muitos artifícios para seduzir uma mulher.
Em agosto desse ano o ator, que hoje está com 70 anos, entrou para a Calçada da Fama.

Cena mais engraçada: Quando Drácula se transforma em morcego, sai à caça pela cidade de NY e é confundido com uma galinha preta.

Melhor cena: Quando toma Cindy nos braços e dança com ela, numa boate. Como se passa na era “Disco”, a composição de trilha e imagem torna a cena belíssima.

Eu & a Obra: Esse filme me incentivou a escrever meu primeiro (e único, até hoje) livro, quando tinha 12 anos. Não contente em apenas escrever, eu também datilografei e encapei. Dá para acreditar? Para não dizer que fui a única a ler, mostrei para minha melhor amiga de infância. Ainda o tenho guardado no fundo de um baú. E apesar das folhas amareladas e ortografia irregular, me orgulho da iniciativa. Ah, seu título? “Os filhos do Drácula”.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Premier

Recentemente li um livro que despertou algo novo em minha vida. Em O Clube do Filme, de David Gilmour, percebendo que seu filho não se interessava pelos estudos, o autor faz um trato com o rapaz: “Você pode deixar a escola desde que assista comigo a 3 filmes por semana, que escolherei aleatoriamente. Depois, vamos sentar e discutir a respeito. Essa será a única educação que você receberá”.

De repente me vi diante de uma história bacana de relacionamento pessoal entre pai e filho, tendo títulos, atores e diretores como plano de fundo. E me dei conta que estava no meio de um universo pelo qual sempre fui apaixonada, o do cinema.

Um dia ouvi num filme a seguinte frase: “Se quiser escrever bem, escreva sobre algo que você entende”. E por que não? Afinal, assim como David eu também tenho muita história boa para contar.

Filmes que gostei, diretores que admirei, atores pelos quais me apaixonei, produções que jamais apaguei da memória e ainda àquelas, que fiz questão de esquecer ou realmente não consigo me lembrar. Tudo sem compromisso, só por diversão, aqui no Eu, eu mesma e meus filmes.