sábado, 10 de outubro de 2009

Eu & "As idades de Lulu"


Um dia eu e uma amiga do colégio estávamos decidindo qual filme ver no cinema. Essa minha amiga só usava um perfume importado chamado Lulu e coincidentemente nessa época chegava às salas de cinema um filme espanhol chamado As idades de Lulu. 

Roberta, que hoje mora em Cuiabá, me perturbou para assistir só por causa do nome. Não lembro bem porque acabamos desistindo, talvez por conta da classificação etária, só sei que um tempo depois peguei o filme na locadora. E hoje ele é minha escolha para estrear a seção “Troféu Framboesa”. Você já vai saber porquê.

As idades de Lulu (Lãs edades de Lulu) é uma produção de 1990. Com direção de Bigas Luna, o filme conta às experiências de Lulu (Francesca Néri), uma menina criada sem muita atenção, ao se envolver com um amigo da família chamado Pablo (Oscar Ladoire). Como ele se trata de um homem bem mais velho que ela, acaba aflorando em Lulu uma sexualidade sem pudor.

Para quem não sabe o Troféu Framboesa é uma espécie de Oscar ao contrário, já que é dado aos piores do cinema. Por isso As idades de Lulu veio parar aqui. O filme é tão ruim, que eu não consegui vê-lo até o final. E olha que não fui a única, pois lembro de muita gente reclamando.

Se fosse defini-lo eu diria que foi uma tentativa mal sucedida de Lolita (em breve falarei sobre ele também). Esse pelo menos tem algum sentido, enquanto que As idades de Lulu... O filme não tem nexo, só sexo.

Vale lembrar que a ideia do blog é dividir com o leitor minha paixão pelo cinema. Os títulos citados servem de dicas para quem se interessar em conferir. Já minha opinião em relação a eles, o nome já diz tudo. É minha opinião. Ou seja, você pode concordar ou não com ela. Ok?! Viva a liberdade!

Uma cena engraçada: Quando Pablo ensina Lulu a se depilar.

A pior cena: Tarefa difícil quando toda a produção é ruim. Cito uma orgia em que Pablo submete Lulu. Parei de ver o filme daí.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Eu & "Gremlins"

Pensando em qual seria o primeiro filme a estampar a categoria "Novos Clássicos", decidi escolher um dos grandes sucessos de Steven Spielberg que fez parte da minha infância. Coincidentemente eu o revi ontem (08/10), no canal a cabo TCM.
O ano era 1984 e Spielberg já havia feito muito sucesso com ET - 82 (título que você ainda verá aqui). Foi quando decidiu levar às telas de cinema criaturinhas bem estranhas.

Gremlins começa quando o pai de um rapaz chamado Billy (Zach Galligan) encontra um mogwai, bichinho de estimação, numa loja localizada num bairro chinês. Ele consegue levar o Gizmo (como era chamado) para casa, com a promessa de tomar 3 cuidados.

Evitar:

• Expor o animal à luz forte;

• Deixar que se molhasse;

• Alimentá-lo após a meia noite.

Chegando em casa, Billy logo se encanta pelo animal dócil e sensível. Até que o pior acontece. Quando molhado, ele gera novas criaturas da sua espécie. E mais, ao deixar que se alimentem após a meia noite, essas mesmas criaturas sofrem metamorfose, dando origem a espécies mais agressivas. O resto você já pode imaginar.

O filme está intitulado na categoria terror, mas acaba sendo bem engraçado. Isso porque as maldades cometidas pelos Gremlins, apesar de provocar incidentes, não passam de peraltices. O sarcasmo é o ponto forte de sua personalidade, provocando boas gargalhadas.

Anos depois o filme gerou uma continuação. Em Gremlins 2 (1990), eles invadem a cidade de Nova York e aprontam a maior confusão por lá. Claro!

Melhor cena: Quando o grupo de Gremlins invade um cinema. O filme exibido é A Branca de Neve. Eles ficam doidos com a musiquinha cantada pelos 7 anões e começam a gritar “eu vou, eu vou”.

Curiosidade: O elenco conta com a participação de Corey Feldman quando ainda era um garotinho. Mais tarde ele faria parceria com Corey Haim em diversos trabalhos e os dois se tornariam os queridinhos da meninada, nos anos 80.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Eu & "Amor à Primeira Mordida"

Eu não me lembro quando comecei a ver filmes, apenas sei que foi quando ainda era uma garotinha. Pensando em qual seria o primeiro título a ser comentado aqui, não podia escolher outro senão um dos que mais assisti em minha vida (parei de contar quando chegou ao nº 13). Estou falando de Amor à Primeira Mordida (Love at First Bite), produção de 1979 do diretor Stan Dragoti. Por se tratar de um dos meus filmes favoritos, ele entra na categoria “and the Oscar goes to...”
A história começa quando o Conde Vladimir Drácula (George Hamilton) é despejado de seu castelo, na Transilvânia. Cansado da rotina, que já durava 700 anos, Drácula resolve se mudar para Nova York em busca de seu grande amor, a Top Model Cindy Sondheim (Susan Saint James), que ele conhece apenas das capas de revistas. Na companhia de seu fiel escudeiro Renfield (Arte Johnson), o Conde vai viver muitas aventuras em meio a uma sociedade moderna.
Como a produção é antiga, os efeitos especiais são bem simplórios. O bom é percebemos que, mesmo com pouco recurso, podemos tornar uma história divertida e agradável. Isso é cinema!
O destaque maior da trama com certeza é George Hamilton no papel principal. Eu particularmente o acho um dos atores mais charmosos da história do cinema. E É esse charme que o torna um vampiro irresistível, desses que não precisa de muitos artifícios para seduzir uma mulher.
Em agosto desse ano o ator, que hoje está com 70 anos, entrou para a Calçada da Fama.

Cena mais engraçada: Quando Drácula se transforma em morcego, sai à caça pela cidade de NY e é confundido com uma galinha preta.

Melhor cena: Quando toma Cindy nos braços e dança com ela, numa boate. Como se passa na era “Disco”, a composição de trilha e imagem torna a cena belíssima.

Eu & a Obra: Esse filme me incentivou a escrever meu primeiro (e único, até hoje) livro, quando tinha 12 anos. Não contente em apenas escrever, eu também datilografei e encapei. Dá para acreditar? Para não dizer que fui a única a ler, mostrei para minha melhor amiga de infância. Ainda o tenho guardado no fundo de um baú. E apesar das folhas amareladas e ortografia irregular, me orgulho da iniciativa. Ah, seu título? “Os filhos do Drácula”.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Premier

Recentemente li um livro que despertou algo novo em minha vida. Em O Clube do Filme, de David Gilmour, percebendo que seu filho não se interessava pelos estudos, o autor faz um trato com o rapaz: “Você pode deixar a escola desde que assista comigo a 3 filmes por semana, que escolherei aleatoriamente. Depois, vamos sentar e discutir a respeito. Essa será a única educação que você receberá”.

De repente me vi diante de uma história bacana de relacionamento pessoal entre pai e filho, tendo títulos, atores e diretores como plano de fundo. E me dei conta que estava no meio de um universo pelo qual sempre fui apaixonada, o do cinema.

Um dia ouvi num filme a seguinte frase: “Se quiser escrever bem, escreva sobre algo que você entende”. E por que não? Afinal, assim como David eu também tenho muita história boa para contar.

Filmes que gostei, diretores que admirei, atores pelos quais me apaixonei, produções que jamais apaguei da memória e ainda àquelas, que fiz questão de esquecer ou realmente não consigo me lembrar. Tudo sem compromisso, só por diversão, aqui no Eu, eu mesma e meus filmes.