sexta-feira, 7 de maio de 2010

Eu & “A Hora do Pesadelo”

Hoje chega às telas de cinema o remake de A Hora do Pesadelo (A Nightmare on Elm Street), filme que lançou Freddy Krueger ao clã dos vilões do gênero terror. Ainda não vi essa nova versão, mas conheço bem os da década de 80.

Confesso, Freddy Krueger (Robert Englund) é um dos meus vilões prediletos. E por isso acompanhei todos os seus filmes, a começar pelo primeiro A Hora do Pesadelo. Lançado em 1984, teve direção de Wes Craven – responsável por outros do gênero, como por exemplo A Maldição dos Mortos Vivos e Pânico.

A história começa quando um grupo de jovens moradores da rua Elm começam a ser aterrorizados por pesadelos com Freddy Krueger, antigo morador que fora acusado de abusar crianças no passado. Como forma de justiça, ele teria sido mutilado e queimado vivo pelos pais dessas crianças.

Sua fisionomia não é das mais agradáveis. Roupa velha e chamuscada – calça preta, chapéu preto e uma blusa de mangas longas, listradas em preto e vermelho -, seu rosto é queimado e no lugar de uma das mãos há garras metálicas.

Freddy surge quando sua vítma está em sono profundo e costuma atingi-la em seu ponto mais fraco. Apesar do diretor deixar no espectador a dúvida se eles estão mesmo dormindo, ou acordados, em momentos de tensão.

A jogada para sobreviver às investidas de Freddy é perceber que se trata de um sonho. Ou seja, que a vítima se encontra em um mundo imaginário. Onde ele até pode ser mais forte, porém nada impede que seja dominado.

O ponto fraco de Freddy Krueger é sua mãe. Apesar de não aparecer no filme, a história leva a crer que o vilão era maltratado por ela. Devido a isso, cresceu com raiva de todas as crianças que eram amadas pelos seus pais.

Quem mais sofre com as maldades do vilão é a jovem Nancy Thompson (Heather Langenkamp), que ele não consegue matar. A personagem acaba voltando em outras continuações da série, sendo inclusive citada como uma sobrevivente das garras de Freddy.

Eu & a Obra: A Hora do Pesadelo é um dos filmes mais legais do gênero terror, lançado na década de 80. Apesar de fazer um pouco o gênero trash, acho bacana o roteiro e até os meios com que as vítimas são mortas. Freddy Krueger virou um ícone dos vilões. Adoro a formas como ele se porta – é um vilão engraçado e debochado –. O melhor, na minha opinião. Atributo que se deve também ao ator que o interpreta, Robert Englund.

Curiosidade 1: Meu ídolo Johnny Depp começou sua carreira nesse filme, interpretando o namorado de Nancy. Ele morre sugado pela cama em que dormia. O ator ainda faz uma aparição no sexto filme da série.

Curiosidade 2: O filme mostra uma musiquinha cantada por crianças, enquanto pulam corda, que seria uma espécie de chamativo para Freddy. Sabe que eu nunca mais a esqueci. Diz mais ou menos assim: “Um, dois, ele vai te pegar. Três, quatro, tranque a porta do quarto. Cinco, seis, pegue seu crucifixo. Sete, oito, comece a rezar. Nove dez, volte a dormir”.

Continuações: Vale lembrar que a saga A Hora do Pesadelo teve sete filmes. Além do “duelo infeliz”, Freddy VS. Jason.

domingo, 2 de maio de 2010

Eu & "Alice no País das Maravilhas"

Como não poderia deixar de ser, fui ver Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland) essa semana. Levando em consideração que amo a dobradinha Johnny Depp + Tim Burton, é claro que meu coração estava preparado para comprovar mais uma obra prima do diretor. Mas não é que ele conseguiu me surpreender ainda mais.

O filme é baseado na obra do escritor inglês Lewis Carrol. Mas diferente da história imortalizada pelos estúdios Disney, a Alice de Tim Burton é uma jovem de 19 anos que se vê cheia de dúvidas sobre que rumo tomar em sua vida.

Mas há semelhanças entre a Alice de Lewis e a de Burton, já que ambas mantém viva uma curiosideda peculiar. E é graças a essa curiosidade que a jovem vai parar no tal “País das Maravilhas”.

Como no roteiro original, Alice (Mia Wasikowska) contracena com as principais personagens do conto infantil. Entre eles, o Chapeleiro Maluco (Johnny Depp), a Rainha de Copas (Helena Bonham Carter) e a Rainha Branca (Anne Hathaway).

Ambos estão muito bem em seus papeis, embora eu tenha achado a personagem de Anne Hathaway caricata demais. Mas, se a pretensão era essa, não há do que reclamar.

Sou suspeita para falar, mas Johnny Depp está ótimo. Mais uma vez ele encarna um trabalho com a maestria que lhe cabe, sabendo dosar o lado dramático do cômico. O que é facilmente percebido em sua atuação.

O que dizer de Helena Bonham Carter? A atriz é divina, característica que já havia notado em Sweeney Todd. Quanto ao papel específico, boa parte do mérito se deve aos efeitos estéticos.

A iniciativa de apresentar uma rainha pequenina, com uma cabeça enorme, foi um acerto da produção. Deu um ar de superioridade e poder, esperada em toda rainha. Ao mesmo tempo não deixa de ser seu ponto fraco, já que serve de motivo para ridiculariza-la.

Quanto ao desempenho de Mia Wasikowska eu diria que há controvérsias, pelo menos na minha opinião. A crítica já havia dito que ela é uma grande promessa da atualidade. Em relação a esse papel, muitos que viram aprovaram.

Eu a achei mediana. Não é uma atriz ruim, mas no papel de Alice é um tanto inexpressiva. Ou seja, em todos os momentos sua expressão é a mesma. Independente do que esteja fazendo.

Vale lembrar que os bichinhos falantes também estão presentes, como o coelho que a leva até o outro mundo, a lagarta fumante e o gato risonho. Esse último, por sinal, é um destaque a parte graças aos recursos da computação gráfica.

Optei por não entrar em mais detalhes pelo fato do filme ser muito recente, está em cartaz (versão 2D e 3D) e ser o mais esperado do ano. Sugiro que veja, caso se interesse, e tire suas próprias conclusões. Ok?!

Vale a pena conferir: Porque é de uma ousadia extraordinária. Só Tim Burton para transformar a “chata” (na minha opinião) personagem de um conto infantil em heroína, guerreira, quando na maioria das fábulas cabe ao príncipe esse papel. Se bem que nessa história nunca houve um príncipe.

Curiosidade 1: Antes que alguém saia do cinema reclamando, é bom ressaltar que as produções de Tim Burton são sombrias e com estética marcante, porém nem um pouco convencional. Com Alice não é diferente. Por isso lembre-se que seus filmes não são feitos para crianças, mesmo que o roteiro seja baseado em fábulas. E olha que na maioria das vezes é.

Curiosidade 2: Você sabia que a história de Alice despertou um “Q” de dúvida em relação a sua conduta? Há a possibilidade da menina não ter sonhado que caiu em um buraco rumo a outro mundo. E sim que ela tivesse ingerido cogumelos alucinógenos e “viajado” no tal mundo imaginário, claro. Verdade ou não, vamos combinar que o país das maravilhas é um tanto psicodélico.

Eu & a Obra: Gostei do filme! Acostumada com os trabalhos desse diretor, não esperava nada muito diferente. Confesso que não gostei do final, achei solto. Mas nada que interfira no trabalho geral. Meu conselho é que tente ver além dos efeitos, bichinhos e Johnny Depp (Hehehe). Mergulhe no roteiro e tudo que vem a seguir, e se dará conta que está diante de uma ótima produção.

Em primeira mão: O próximo trabalho de Tim Burton será A Bela Adormecida, versão em que promete destacar o ponto de vista dos vilões. Angelina Jolie está cotada para o papel de Malévola. A atriz aceitou o convite, mas as filmagens ainda não estão garantidas porque os estúdios Disney teme o efeito que possa causar no público infantil. Vamos torcer para que saia!

Saiba mais em:

 http://cinema.uol.com.br/alice-no-pais-das-maravilhas/

http://veja.abril.com.br/noticia/variedades/alice-pais-maravilhas-tim-burton-ganha-ar-pesadelo-536140.shtml