sexta-feira, 16 de julho de 2010

Eu & “Esse Homem é Meu”

Como faz muito tempo que não publico um clássico aqui no blog, lembrei de um que vi ano passado. E ainda aproveito para homenagear o dia do homem, comemorado ontem (15/07).

Esse Homem é Meu (The King and Four Queens) é uma produção de 1956. E estrelada por Clark Gable, galã de ... E O Vento Levou. Seguindo o estilo faroeste de antigamente, o filme começa quando o forasteiro Dan Kehoe (Clark Gable) chega a uma pequena cidade.

Ele logo fica sabendo da existência de quatro supostas viúvas, que moram com a sogra "Ma" McDade (Jo Van Fleet). E mais, há rumores de que a “velha” guarda uma fortuna em algum esconderijo de sua casa. Dinheiro roubado pelos filhos, que se encontram foragidos ou mortos.

Dan decide se infiltrar na casa, para roubar-lhes o dinheiro. Chegando lá, é recebido à balas. Mesmo assim, as mulheres resolvem lhe dar um crédito de confiança e o acolhe até que fique bom.

Mas sua estadia irá despertar a desconfiança de McDade e o interesse de suas noras, que não veem um homem bonito há muito tempo.

Vale a pena conferir: Nesse caso, depende muito do gosto de cada um. Como cresci vendo filmes de faroeste, graças a meu pai, curto esse tipo de produção. Além disso, sempre gostei de Clark Gable - ele era um homem muito charmoso -. Nesse caso, se estivesse no cinema, já valeria o “ingresso”. Rsrs.

Por fim, adoro a estética de filmes antigos. A beleza de cenário, geralmente ao ar livre, e dos próprios atores. Não é a toa que as mulheres se tratavam de verdadeiras divas. Agora, para quem não está acostumado, ou não gosta do gênero, é comum estranhar.

Melhor Cena: Aponto uma cena em que Dan segue em direção ao seu quarto, pra dormir. Até chegar ao local desejado, ele passa pela porta dos quartos das quatro mulheres. Como a essa altura ambas estão de olho nele, o forasteiro acaba sendo encurralado por elas. É muito engraçada.

Eu & a Obra: Uma manhã, sem ter nada para fazer, zapeando pela TV a cabo descobri este filme. Parei primeiro pelo nome, que é forte. Depois por causa do Clark Gable, ator que adoro. E gostei muito. Engraçado, divertido, com boas doses de aventura e romance. Faroestes daqueles que já não se veem com tanta frequência. Acho que a última tentativa que vi foi Maverick, na década de 90. E assim mesmo tinha mais características de comédia do que essência de faroeste. O que é uma pena.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Eu & “Bastardos Inglórios”

Na minha listinha de filmes mais recentes, o que vou falar agora é uma produção que gostei bastante. Principalmente levando em consideração que não sou muito fã deste diretor. Mas, quer saber? Tem coisa mais gostosa do que quando alguém te surpreende? Acho que não.

Bastardos Inglórios (Inglorious Bastards) é uma produção de Quentin Tarantino. Lançado em 2009, o filme concorreu ao Oscar deste ano em diversas categorias, inclusive melhor longa, mas faturou apenas o de ator coadjuvante para Christoph Waltz (Hans Landa).

A história começa no período em que a Alemanha ocupa o território francês, e tem início com o nazista Hans Landa, conhecido por ser um ótimo caçador de judeus (Christoph Waltz), executando a família de uma menina chamada Shosanna (Mélanie Laurent). A jovem consegue fugir e anos mais tarde, reaparece em Paris. Agora, dona de um cinema e com outra identidade.

Ao mesmo tempo surge pela Europa um grupo de soldados americanos judeus, exterminadores de nazistas, denominados “Bastardos Inglórios”, comandado por Aldo Rayne (Brad Pitt). Com atos de violência, e nem um pouco de piedade, o grupo de Rayne se torna cada vez mais famoso e temido pelos alemães.

No decorrer da história as vidas de Aldo e Shosanna caminham para um único objetivo, acabar com os líderes do Terceiro Reich. E para isso armam um plano, a ser executado durante a exibição de um filme no cinema da jovem judia.

Vale a pena ver: Bastardos Inglórios é um ótimo filme, principalmente pela dose de deboche. A ideia de fazer um anti-nazismo é ousado demais, e isso é muito bom. As atuações são um fator a mais. Christoph Waltz mereceu o Oscar e Brad Pitt também deveria ter tido uma indicação. Apesar de caricato, ele está ótimo.

Curiosidade: A personagem de Brad Pitt foi baseada nos atores Aldo Ray e John Wayne. Quem já viu filmes de faroeste com o Wayne, vai concordar que ele está igualzinho a ele. Rsrs.

Melhor Cena: Não defino cenas específicas, apesar de gostar do final, mas momentos. Adoro a forma com que os Bastardos agem quando encontram um nazista – a ideia de marcar uma suástica - como se fosse a letra escarlate – em soldados nazista, que eles deixaram sobreviver para contar a história do grupo, é muito boa. Assim como as cenas protagonizadas por Hans Landa, ele é muito engraçado. Hitler também está ótimo, com boas doses de irritação, estresse e ironia.

Eu & a Obra: Minha curiosidade sobre este filme se deu graças a comentários vistos no programa Saia Justa e pelos da minha sobrinha, que o viu no cinema. De início não tive vontade em assistir porque não curto filmes do Tarantino - para ser sincera, com este somo três trabalhos dele visto-, por achá-los com violência gratuita. Mas desta vez, eu tiro meu chapeu. Tarantino foi brilhante, pois até a violência está na dose certa.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Eu & “Enquanto Você Dormia”

A vida é engraçada! Estou com uma lista de filmes que vi, na última semana, para citar aqui. E filmes recentes. Mas ontem, após rever uma comédia romântica que a-m-o, eis que esta me inspirou a escrever hoje para vocês. Vamos lá?

O filme Enquanto Você Dormia (While You Were Sleeping) é uma produção de 1995. Esta comédia romântica, estrelada por Sandra Bullock, conta a história de Lucy, uma jovem bilheteira, e solitária, que trabalha em uma estação de metrô.

Lucy (Sandra Bullock) nutre uma paixão secreta por Peter (Peter Gallaghe – da série The OC), rapaz com quem ela nunca falou. Um dia, ao salvá-lo de um acidente, ela vê sua vida mudar completamente.

Peter entra em coma e Lucy passa a ser apontada como sua noiva. Em meio a toda essa confusão, a jovem é acolhida pela família do suposto noivo e não se sente mais sozinha.

Mas ela teme que, caso a verdade venha a tona, a família Callaghan se decepcione e a deixe novamente sozinha. Para complicar ainda mais sua situação, Lucy se apaixona por Jack (Bill Pulman), irmão de Peter. E ela mal sabe que está sendo correspondida.

Vale a pena ver o filme: Enquanto Você Dormia está entre minhas comédias românticas favoritas. Acho ele leve, com uma história bacana, sensível... Fala de amor, amizade, carinho, respeito, família... Mexe com nosso “lado pessoal”, independente de estarmos apaixonados ou não. O casal Sandra Bullock e Bill Pulman tem uma química gostosa de se ver. E vamos combinar que ele está um gato.

Melhor Cena: Além da cena final, destaco uma em que Jack dá de presente para Lucy um desses globos com água dentro, em que se vê Florença. Como o sonho da jovem é conhecer a cidade, para mim este gesto foi uma das coisas mais lindas e românticas que já vi. Também curto a fala final de Lucy, enquanto narradora de sua história. Ela diz que, ao ser questionada por Peter quando se apaixonou por Jack, responde: “Foi enquanto você dormia”. Trocadilho bacana. Rsrs.

Curiosidade: Repara só como o nome de Peter, ator e personagem, são parecidos.

Eu & a Obra: Não lembro quando vi esse filme pela primeira vez, muito menos quantas vezes já o revi, mas amo tanto que choro em algumas cenas. Me sensibilizo com a vida de Lucy, sua solidão, ingenuidade, pureza. E essa bela história de amor, claro.

A cena que citei, sobre Florença, me faz lembrar de uma histórinha. Uma vez, conversando com meu amigo Tchê, ele me contou sobre uma peça que viu chamada Veneza. A história fala de uma velha cafetinha, prestes à morrer, que sonha em ir para Veneza. Seus amigos arma uma situação que a fazem acreditar estar em Veneza, passando seus últimos dias de vida. Sensibilizado, o Tchê me disse: “É tão fácil dar Veneza a alguém”. É, dar Veneza, Florença, Paris... Basta querer. : )

Jabá: Eu já havia falado deste e de outros filmes ano passado, em minha coluna no NaTelinha. Confere lá: http://natelinha.uol.com.br/2009/08/15/not_24627.php