sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Eu & As “Garotas do Calendário”


Após uma longa pausa, O Eu, eu mesma & meus filmes está de volta. E para marcar seu retorno, um filme belíssimo que ressalta a emancipação da mulher em tempos onde a “classe feminina” anda se esquecendo um pouco do que a fez lutar tanto por igualdade.

 As Garotas do Calendário (Calendar Girls) é um filme britânico, lançado em 2002. Sua trama é baseada na história real de Chris (Helen Mirren), integrante do Women’s Institute - associação nacional que congrega senhoras em torno de atividades como culinária, artesanato e jardinagem, entre outras, em uma cidadezinha do interior da Inglaterra. 
Sua melhor amiga, Ennie (Julie Walters), perde o marido, vitima de leucemia, e resolve juntar-se ao grupo na luta para ajudar o hospital local. Juntas, as duas decidem lançar um calendário com renda revertida para estudos em busca da cura do câncer. Embora nobre, a campanha sofre boicote. Afinal, a ideia era estampar em cada folhinha do ano uma integrante do grupo, nua, desenvolvendo alguma aptidão feminina.

No decorrer dessa história, essas mulheres irão sofrer com o preconceito e o machismo da cidade. e de sues familiares. No entanto, com garra e determinação, elas não só irão concluir o trabalho e arrecadar um bom dinheiro, como também ganhar notoriedade pelo mundo e o respeito da sociedade britânica.

Vale a pena conferir: Porque além de belíssimo, é uma história de reflexão e discussão. Não só a respeito do papel da mulher na sociedade, como também sobre a existência de sentimentos como amor, raiva, amizade e traição.

Melhor Cena: Primeiro a deliciosa sequência das fotos. Mesmo diante de tanta determinação, as mulheres demonstram um pudor, um cuidado em se exibir. É uma graça ver o quanto somos fortes e, ao mesmo tempo delicadas e tímidas;

Segundo: O discurso de Chris durante uma reunião da associação, buscando o direito de fazer e vender o calendário;

Terceiro: É muito legal quando as mulheres, uma a uma, decidem participar. O que de início começa com um pouco de vergonha, como se estivessem fazendo algo de errado, termina como sinal de virtude e muita coragem.

Curiosidade: Hellen Mirren é a mesma atriz que interpretou brilhantemente a Rainha Elizabeth, no filme A Rainha.  

Eu & a Obra: Eu era louca para assistir este filme, pois a história do calendário com nu artístico de mulheres da terceira idade é famosa há tempos. E minha primeira, segunda, terceira... impressão não podia ser outra. É simplesmente maravilhosa e contagiante a fibra dessas mulheres.  

E se hoje escolho ele para falar em meu blog é porque gostaria que todas nós nos lembrássemos da luta de personalidades como Coco Chanel, Eva Perón, Tarsila do Amaral e Maysa (entre tantas), para que nos libertássemos não apenas do espartilho, como também de todo tipo de “ditadura” imposta por uma sociedade machista e falso-moralista.