quarta-feira, 19 de maio de 2010

Eu & “Da Magia à Sedução”

Dizem que toda mulher é uma bruxa. Verdade ou não, na minha opinião o filme que cito hoje é o que mais bem retrata essa categoria. Talvez pelo fato de trazer para a atualidade um misticismo tão antigo.

Da Magia à Sedução (Practical Magic) é uma produção de 1998. A história começa quando, num passado bem distante, Maria Owens é condenada à forca por bruxaria. Graças ao seu poder, consegue escapar. Mas é banida do lugar onde morava.

Apaixonada e grávida, o homem amado nunca foi ao seu encontro. Com raiva, jogou um feitiço contra si mesma. Que consistia em nunca mais se apaixonar. O feitiço virou uma espécie de maldição. Toda mulher da família Owens não seria feliz no amor.

O tempo passou e as descendentes de Maria herdaram seu poder e a maldição. A primeira a se ver diante dela foi a mãe de Sally e Gillian, cujo pai morreu quando elas eram crianças. E não demorou muito para a mãe morrer também, de tristeza.

As meninas foram morar com duas tias solteironas e bruxas. Sally jurou que nunca se apaixonaria, e por isso criou um feitiço cujo homem perfeito teria atributos jamais vistos em uma única pessoa. Já Gillian, sempre desejou curtir a vida e se apaixonar muito.

As jovens cresceram e quando adultas, Gillian (Nicole Kidman) caiu na vida. Enquanto que Sally (Sandra Bullock) se manteve solitária, ao lado das tias. Até o dia em que se interessou por um homem, casou-se com ele – com ajuda das tias - e teve duas filhas.

Maldição ou não, Sally perdeu o marido e ficou desolada. Enquanto que Gillian se envolveu com Jimmy Angelov (Goran Visnjic), um cafageste, e precisou da irmã para se livar dele.

Elas acabaram o envenenando. Arrependidas, o trouxeram novamente à vida e mataram de novo. Estava armada a confusão!

Vale a pena conferir: O filme é leve e gostoso de se ver. Fala de amor e amizade na dose certa. Sandra Bullock e Nicole Kidman arrasam como bruxas. Aliás, honra seja feita, elas estão lindas.

Melhor Cena: O filme é um amarrado de sequências bem produzidas, mas destaco três como as mais emocionantes. O fato de serem bruxas às fizeram ser vistas com desprezo pelas mulheres da cidade. Mas quando Sally precisa delas para ajudar a irmã, todas se mostram solidárias. Acho bacana porque promove uma verdadeira convenção e levanta a questão de que “toda mulher é uma bruxa”. A cena tem continuidade, aí destaco o momento em que Gillian é salva graças a forte ligação que tem com a irmã. Por fim, a última cena. É divina! Gostaria muito de poder fazer o que elas fazem. Também acho linda a mensagem final: “Se derramar sal, jogue um pouco no ombro esquerdo. Plante rosas ao lado do portão de casa, alfazema para dar sorte e apaixone-se, sempre que puder”.

Eu & a Obra: Já vi muitos filmes de bruxa, como A Letra Escarlate, Bruxas de Salém e Abracadabra, mas Da Magia à Sedução é especial. Principalmente para quem curte misticismo, como eu. Ah, em termos de personalidade, sou muito parecida com a Sally. Por isso adoraria acender uma vela com um simples sopro. Rsrs.