sábado, 21 de novembro de 2009

Eu & “Edward – Mãos de Tesoura”


A gente quando começa a mexer com um projeto, sempre dá um jeitinho dele ficar cada vez melhor. Pensando nisso, resolvi criar uma nova categoria em meu blog. Desta vez, destinadas àqueles títulos que tive o prazer de conferir nas telas do cinema.

E nada como estrear com chave de ouro. Minha escolha para brilhar pela primeira vez na seção “Pipoca com Coca Cola” (não gosto muito de guaraná) é Edward – Mãos de Tesoura (Edward Scissorhands).

O filme deu inicio a parceria de sucesso, mantida até hoje, entre o diretor Tim Burton e o ator Johnny Depp. Lançado em 1990, a produção é uma fábula, nada convencional, contada nos dias atuais.

Tudo começa quando a consultora de beleza Peg Boggs, vivida pela atriz Dianne Wiest, sai para mostrar seus produtos pela cidade. Na busca por novos fregueses, ela se dá conta que nunca tentou vender aos moradores de um castelo, localizado no alto de uma montanha, próxima ao seu bairro.

Chegando lá encontra Edward (Johnny Depp), um rapaz que tem tesouras no lugar das mãos. O jovem conta que foi criado por um cientista (Vicent Price), cujo veio a adormecer (falecer) antes de completá-lo. Ele então permaneceu, sozinho, na esperança de que seu “pai” acordasse.

Sensibilizada com sua história, Peg decide levá-lo para morar em sua casa. No início todos estranham um pouco, mas logo começam a ver Edward como membro da família. Até a chegada da filha mais velha (Winona Ryder), que será responsável pelo nascimento de um amor impossível entre o jovem casal.

Paralelo a isso, não apenas a imagem exótica de Edward despertará a curiosidade dos vizinhos como também, sua ingenuidade, bondade excessiva e talento com as tesouras.

Edward - Mãos de Tesoura até hoje é lembrado como um dos filmes mais belos na história do cinema. Acostumado a trazer para as telonas produções excessivamente sombrias, nessa Tim Burton inova ao mostrar um contraste entre o escuro e o claro, com cores presentes em cenários e figurinos.

Johnny Depp, até então, era desconhecido do grande público. Suas únicas passagens pelo cinema haviam sido em pequenas produções, como Férias do Barulho. Ou ainda, participações em filmes como Platoon e A Hora do Pesadelo.

A partir de Edward, o ator passou a ser apontado como incomum. Deixou de lado o estereotipo de galã, papel que na verdade nunca teve a pretensão de interpretar, e se entregou a personagens que exijam não apenas talento, como também disponibilidade para sofrer metamorfoses. Não é a toa que se tornou um dos melhores atores de Hollywood, queridinho do público, de Tim Burton e de mim.

Momentos marcantes: É um filme simples, estilo sessão da tarde, mas recheado de cenas interessantes. Por ser uma fábula, destaco as mais emotivas. Acho bacana quando Edward lembra de seu criador (saudoso e maravilhoso Vincent Price). A inocência em falar de sua vida, desde sua criação, passando pelas lições que lhe deu e terminando com sua morte, quando ingenuamente Edward diz: “Ele não acordou”.

Também destaco a trilha sonora. A “musiquinha” que toca é triste, daquelas capazes de trazer lágrimas aos nossos olhos.

Eu & a Obra: Apaixonada pelo Johnny Depp, fui ver Edward no cinema, acompanhada de minha irmã mais velha e duas amigas (Ak e Gra) do colégio, no Valentine’s Day – daqui, claro. Como minhas amigas estavam atrasadas, entrei no cinema e fiquei logo na frente. Nessa época ainda haviam salas fora dos shoppings e a porta ficava ao lado da tela. Entrei, me sentei e mal o filme começou... Vejo um clarão, escuto vozes: Tatyyy! E resmungos: shiiiiiiiiiiiiiiiiii.

Além de entrarem me chamando, fui obrigada a levantar no meio do escuro para sentarmos todas juntas, em outro lugar. Mas valeu! Filme ótimo, tarde agradável... Passei o dia dos namorados com Johnny Depp, o namorado + que perfeito. Mas, como nem tudo são flores... No filme o que estraga é Winona Ryder, que eu o-dei-o!

Curiosidade: Fui a única que achou Johnny Depp lindo no papel de Edward. As pessoas não entendem que amor vai além da beleza física... Amo os seus olhos e como Edward, eles estão mais lindos do que nunca.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Eu & “Sabrina”


Quando vi Sabrina pela primeira vez, lá pela década de 90, não fazia ideia que se tratava de um remake. Na verdade, a produção original é de 1954 e traz Humphrey Bogart e Audrey Hepburn interpretando o casal de protagonistas.

Na última semana consegui ver a versão mais antiga e por isso nada mais justo que citá-la aqui, na seção “Clássicos”.

O filme é baseado na história de Sabrina, filha do motorista de uma família pertencente à grande sociedade. A menina, criada na ala dos empregados, sempre foi apaixonada pelo filho mais novo dos patrões. Mas, como era de origem humilde e muito tímida, jamais teve qualquer chance de se aproximar dele. Mais tarde esse mesmo rapaz se tornaria um playboy irresponsável, espécie de ovelha negra da família.

A jovem cresceu e foi estudar em Paris. Passados alguns anos, o patinho feio voltou na pele de um verdadeiro cisne. Bastou Sabrina se transformar numa mulher bonita e refinada, para chamar a atenção de seu amor, interpretado por William Holden.

Como em todo conto de fadas, o romance dos dois irá sofrer intervenções. Apesar de se mostrar encantado por ela, o rapaz precisa se casar com alguém de sua classe social e assim, permitir a fusão entre as empresas da família. É aí que entra Humphrey Bogart, na pele de um grande empresário e irmão mais velho. Agora o que ele não esperava era se descobrir apaixonado pela jovem Sabrina.

Porque vale a pena conferir: Roteiro simples, bem ao estilo conto de fadas, o filme é muito gostosinho de assistir. Romance, boas atuações, discussões sobre diferenças sociais... E ainda tem Audrey Hepburn, que para mim é a mulher mais bela que o cinema já teve.

Curiosidade: Em 1995 uma nova versão de Sabrina foi lançada nas telonas, dessa vez com Harrison Ford e Julia Ormond nos papeis principais. Em momento algum o casal fez feio. Eu indico as duas versões.

Eu & “10 Coisas que eu Odeio em Você”

Taí um filme que eu não havia programado falar a respeito tão cedo, mas como ele passou recentemente na “Sessão da Tarde” – TV Globo, achei que seria uma boa deixa para entrar na minha seção “Cinema em Casa”.

Esse romance, dirigido por Gil Junger, estreou em 1999 e não precisou de muito esforço para conquistar o público. A sinopse é a seguinte: jovem menina, filha de pai conservador, sonha ter uma vida social, recheada de romance, mas em seu caminho está a irmã mais velha, garota independente, feminista, do tipo que não está nem aí para as baboseiras do coração. Já dá para imaginar o que vem a seguir...

Elenco jovem e trilha sonora marcante, a grande sacada da produção foi trazer para o moderno uma história baseada na peça A Megera Domada, de Shakespeare. A semelhança é tanta que até o nome das irmãs, Bianca e Kat (Katerine) se manteve. E assim como na peça, cuja ideia era encontrar um homem que aceitasse se casar com a filha mais velha, no filme, Bianca (Larisa Oleynik) pede ajuda ao jovem Joey (Andrew Keegan), que gosta dela, para encontrar um rapaz capaz de conquistar o coração da dura Kat (Julia Stiles), abrindo assim o caminho para os dois namorarem.

Paralelo a isso, o garoto mais popular da escola também está interessado na jovem Bianca. Fingindo querer ajudá-lo, Joey convence esse rapaz a pagar alguém para sair com Kat. É aí que entra Patrick (Heath Ledger), rapaz misterioso, bem ao estilo James Dean, e tão durão quanto a jovem. Seria ele seu par perfeito?

Além de se tornar um dos filmes mais querido pelos jovens, 10 Coisas que eu Odeio em Você (10 Things I Hate About You) apresentou a Hollywood atores como Julia Stiles (O Sorriso de Monalisa) e o saudoso Heath Leadger, que antes de morrer imortalizou o vilão Curinga em Batman – O Cavaleiro das Trevas. Trabalho que lhe rendeu um Oscar in memorian.

Melhor cena: Romântica eu diria a que Patrick canta a música “Can’t take my eyes off you” para Kat, em plena quadra do colégio. Ali ele começa a conquistar seu coração. Já emocionante... quando Kat se decepciona com Patrick, como trabalho de escola ela escreve um poema citando as 10 coisas que odeia nele. Daí o nome do filme.

Eu & a Obra: Pegando carona no filme, um dia resolvi fazer uma surpresa para um “carinha” que gostava. No dia dos namorado dei um buquê de flores e um cartão, enumerando as 10 coisas que odiava nele. Na verdade, eram as que eu gostaria de odiar. Continuamos na amizade, mas valeu a experiência. Se eu faria de novo? Não! O bom na vida é que além de crescermos, nós amadurecemos.