sábado, 2 de janeiro de 2010

Eu & “Quero Ser Grande”



Não precisei de muito esforço para escolher qual título iria inaugurar 2010. Primeiro porque acredito ser um daqueles filmes que todos deveriam assistir, independente da idade. É como O Pequeno Príncipe. Quem já foi criança um dia, leu. E às que ainda estão por vir, lerão também. Segundo porque revi ontem e como acredito em sinais...

Quero Ser Grande (Big) é uma produção de 1988. Com direção de Penny Marshall, essa fábula trazia Tom Hanks no papel principal. A história começa quando um garoto de 12 anos vai passear no parque com a família.

Tímido, o pequeno Josh Baskin (David Moscow / Tom Hanks) tenta entrar num daqueles brinquedos radicais só para impressionar a menina que gosta. Mas é impedido devido ao seu tamanho. Irritado e se sentindo humilhado, ao encontrar uma máquina com um mago dos desejos ele não pensa duas vezes. Pede para ser grande. Mas, apesar de receber uma ficha com a resposta “seu desejo foi realizado”, nota que a mesma estava desligada.

No dia seguinte, ao se levantar o menino descobre que cresceu. Apavorado, não consegue provar para a mãe quem é e muito menos explicar o que aconteceu. O jeito é reencontrar a máquina e desfazer o feitiço. O que não vai ser nada fácil, já que o parque não está mais na cidade.

Quero Ser Grande é considerado um dos chamados novos clássicos, filmes surgidos entre as décadas de 80 e 90 que caíram na graça do público. Apesar de se tratar de uma comédia, discute temas fortes como amizade, amor, sinceridade e a ingenuidade de uma criança.

O ainda desconhecido Tom Hanks dá um show de interpretação na pele de um menino com 30 anos. Além disso, dava início a uma carreira que daria muito que falar. Não foi a toa que faturou o Globo de Ouro pelo papel de Josh e ainda recebeu indicação ao Oscar de melhor ator, pelo mesmo trabalho. O filme concorreu também à estatueta de melhor roteiro original.

Melhor Cena: Se estivesse hoje nas salas de cinema eu diria que ver Tom Hanks interpretando uma criança de 12 anos, num corpo de 30, já vale o ingresso. Agora a cena memorável com certeza é quando Josh e seu patrão tocam um piano enorme, utilizando os pés. A música? Lembra da propagando do Danoninho? “Me dá danoninho, danoninho dá...”

Curiosidade 1: Quando cito Tom Hanks como “um então desconhecido ator” é porque Quero Ser Grande foi o filme que o colocou em evidência. Até o lançamento, seus trabalhos mais populares foram Splash – Uma Sereia em Minha Vida (1984), A Última Festa de Solteiro (1984) e Um Dia a Casa Cai (1986). Mesmo assim, só passaram a ser conhecido quando invadiram a Sessão da Tarde (TV Globo) e/ou Cinema em Casa (SBT).

Curiosidade 2: O ator já fez mais de 30 filmes e apesar de ter veia cômica, a consagração de sua carreira surgiu com as produções dramáticas. O primeiro Oscar veio com Filadélfia (1993). Gostou tanto da experiência que repetiu a dose no ano seguinte, com o fabuloso Forrest Gump (1994). Fato histórico, pois é muito difícil um mesmo ator ser premiado com a estatueta dois anos seguidos. Mas, ele é Tom Hanks!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Eu & "Harry Sally - Feitos um para o Outro"


Na semana em que comemoramos a virada do ano, minha escolha é o filme Harry Sally – Feitos um para o Outro (When Harry Met Sally...). Dirigido por Rob Reiner, a produção é de 1989 e conta com Meg Ryan e Billy Crystal como protagonistas.
Após a formatura na universidade, os jovens Harry Burns (Billy Crystal) e Sally Albright (Meg Ryan) viajam juntos para Nova York. Chegando lá, cada um toma um rumo diferente na vida.

O tempo passa e embora não mantenham um tipo de contato direto, sempre se esbarram em situações esporádicas e inesperadas. Como ida a uma livraria, café ou uma reunião de amigos. Até que um dia se descobrem completamente apaixonados.

Aliás, dizer um dia é até um tanto generoso. Na verdade eles esperam mais de dez anos para se tornar realmente um casal. Entre encontros e desencontros, aos poucos esse amor foi se lapidando. A prova maior é que não tinham nada a ver um com o outro, conforme foi mostrado no início da história, fazendo valer a frase “os opostos se atraem”.

Uma das coisas mais bacanas no filme, e aí eu apontaria como uma jogada de mestre do diretor, são os depoimentos que aparecem de anônimos. No decorrer da produção, há sempre um casal de velhinhos contando como se conheceram e construíram uma vida juntos. Até que, ao final da história, quem aparece falando são os protagonistas.

Filme lindo, leve, tendo drama e comédia bem equilibrados. Gostoso de ver e rever, principalmente se for no aconchego do lar e com uma boa companhia.


Melhor cena: Eu destacaria a festa de réveillon em que os dois estão. Cenário bonito com direito a queima de fogos, clima de renovação e planos para o ano novo. Incluindo a nossa expectativa para que eles finalmente se acertem.

Curiosidade: Todos os filmes que falo aqui, inclusive os que apenas cito, eu vi. Claro, jamais poderia falar de algo que não conheça. Mesmo assim, faço questão de pesquisar sobre cada um deles, para relembrar e ainda dá fichas técnicas, confirmar escrita de atores, diretores, roteiristas, ano... Hoje acabei descobrindo uma crítica escrita pelo filho de uma amiga minha, que é cineasta. Achei tão legal a coincidência, que tomei a liberdade de incluir o link. Confira: http://www.contracampo.com.br/87/dvdharrysally.htm