sábado, 16 de janeiro de 2010

Eu & “Castelos de Gelo”

Outro filme que me recordo da infância é Castelos de Gelo (Ice Castles), lançado em 1978. A produção conta a história da adolescente Lexie Winston (Lynn-Holly Johnson), que sonha se tornar uma patinadora profissional.

Embora seu pai seja contra, a jovem consegue se classificar para as finais de um grande campeonato. Ela passa a ser conhecida no meio e se torna uma promessa para o futuro. Tudo graças a sua parceria com a treinadora Beulah (Colleen Dewhurst).

Mas, quando está no auge, Lexie sofre um acidente. Patinando apenas para se divertir, ela cai em direção a algumas mesas e cadeiras que estavam na pista. O resultado é a perda parcial de sua visão. Por conta disso, vê seus sonhos se desmoronarem.

Após um longo período de revolta e autopiedade, a jovem consegue voltar a treinar. Para isso conta com a ajuda de Nick Peterson (Robby Benson), seu namorado. E ainda o apoio do pai (Tom Skerritt) e de uma amiga da família.

O filme é lindíssimo. Trata de assuntos delicados, como limitações que a deficiência promove, força de vontade e a busca pelos nossos sonhos. Além disso, tem como plano de fundo o verdadeiro amor. O canal a cabo TCM vive reprisando-o. Fique de olho!

Motivos para ver o filme: Apesar de ser um drama, que vai arrancar muitas lágrimas no telespectador, a história é belíssima, trilha sonora idem e você ainda corre o risco de querer aprender a patinar no gelo. Bem, comigo aconteceu isso.

Melhor Cena: Gosto muito de ver a protagonista patinando e uma das mais belas cenas é quando a jovem volta às pistas. O final é surpreendente.

Eu & a Obra: Vi muitas vezes esse filme quando era criança e até hoje me lembro da música tema: “Through the Eyes of Love". Mas em formato instrumental, que toca justamente quando Lexie patina. Choro horrores! E mais: Quando mais nova, sempre que estava triste essa música me passava pela cabeça. Talvez porque acreditasse que, assim como ela, eu também teria um final feliz.

Eu & “Golpe Sujo”

Tive aulas de psicologia na faculdade. Lembro bem quando a professora falou que nossa mente sempre faz ligação com algo, seja o fato bom ou ruim. Como por exemplo, uma música. Você acabou de ser assaltado e toca uma música, sempre vai lembrar deste assalto quando ela tocar novamente. Ou ainda um encontro, discussão, beijo e assim sucessivamente.

Isso também ocorre com cenas de novelas e filmes. Não é a toa que a trilha sonora de uma produção ajuda na hora de compor personagens e conquistar o público. Isso já ocorreu comigo. Há filmes que por já ter visto quando ainda era muito pequena, não me recordo tão bem assim da história. Mas graças à música, não esqueço deles por completo.

Golpe Sujo (Foul Play) é uma produção de 1978. Tendo como diretor e roteirista Colin Higgins, trazia a dupla de comediantes Goldie Hawn e Chevy Chase como protagonistas. Ela interpreta uma bibliotecária que, além de descobrir uma conspiração para matar o papa Pio XIII durante sua visita a São Francisco, presencia um crime e, por conta disso, está sendo perseguida por um anão e um albino. Já ele interpreta um policial e única pessoa a acreditar nela.

O filme conta com muitas cenas de perseguições dos bandidos atrás da mocinha, o que acaba gerando confusão e garantindo boas risadas no telespectador. E o romance fica por conta do amor que nasce entre o casal, no decorrer da história.

Eu costumava assisti-lo na sessão da tarde (TV Globo) e por isso aponto como um ótimo programa para toda a família.

Melhor Cena: Golpe Sujo é considerado uma comédia romântica. Mas, em seu roteiro há cenas de ação e outras bem engraçadas. Quando a personagem de Goldie Hawn presencia um assassinato no início da trama, a vitima, Bob Scott (Bruce Solomon), fala ao pé do seu ouvido a seguinte frase: “cuidado com o anão" (no original, "Beware of the dwarf"). Por conta disso, uma das cenas mais hilárias é quando um anão bate a sua porta e ela o joga da janela. Só depois de vê-lo todo quebrado, descobre que ele se tratava apenas de um vendedor.

Eu & a Obra: A música tema que nunca mais saiu da minha cabeça é "Ready to take a chance".

Curiosidade: Os atores Goldie Hawn e Chevy Chase se tornaram grandes comediantes. Ela protagonizou filmes como A Morte lhe Cai Bem e Clube das Desquitadas. Já ele se tornou conhecido através da saga Férias Frustradas. Hoje em dia, ambos estão sumidos dos holofotes.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Eu & "30 Dias de Noite"


Olhando a programação da semana, fiquei sabendo que o filme 30 Dias de Noite (30 Days of Night) vai passar na HBO. No jornal ainda falava um pouco sobre a produção, que teve um grande orçamento (em torno de 30 milhões de dólares) e faturou um pouco mais, em relação aos seus gastos. Não faz muito tempo vi esse filme e confesso, detestei. Por isso ele está na minha seção “Troféu Framboesa”.

O filme foi adaptado dos quadrinhos para o cinema e lançado em 2007. Em seu elenco o ator, já conhecido do público, Josh Hartnett (H20 - Halloween 20 anos depois). Com direção de David Slade, começa com a temporada de inverno se aproximando de Barrow - Alasca. Durante o período de grandes nevascas, a cidade fica exatos 30 dias sem luz.

Por conta da dificuldade em relação à iluminação e as tempestades de gelo, seus habitantes costumam sair de lá em direção a região sul. Mas, devido a imprevistos, um pequeno grupo permanece na cidade e conta com a companhia do xerife Oleson (Josh Hartnett) e sua ex-esposa Stella (Melissa George).

Se não bastasse o isolamento, acontecimentos estranhos começam a ocorrer no local. Problemas que não demoram a serem desvendados. Tudo não passa de visitantes indesejados, um grupo de vampiros, que aproveitam a situação para matar a fome sem deixar rastro.

Já sei, só de ler o resumo da história os amantes dos filmes de terror se interessam por ele. Comigo também foi assim, principalmente porque amo histórias com vampiros. Mas, curto produções bem feitas. Daquelas que, independente de utilizarem recursos avançados ou não, jamais deixam a magia morrer. Porém, nesse caso, é isso que acontece.

Para uma superprodução o filme é bem trash. Sangue demais, excesso de violência, apelações desnecessárias. Chega a ser nojento. Eu detestei tanto que cheguei a vê-lo “quase” 3 vezes. Aí você vai dizer, como pode? Vou explicar.

A primeira vez descobri por um acaso. Já que estava em andamento, preferi não acompanhar pela metade. Então o aluguei na locadora. Como de costume, fui ver o filme à noite e sozinha. Mas tive tanta repulsa, que deixei para terminar no dia seguinte. E assim o fiz, só para valer o preço que paguei pelo aluguel do DVD. No final, confesso: não acredito que perdi tempo em ver esse filme.

O engraçado é que se trata de uma história que tinha tudo para dar certo, se não fosse os exageros. E para piorar, o final do xerife... Bom, esse eu deixo para quem se interessar em assistir tirar suas próprias conclusões.


Ponto Forte: A ideia é boa, mas foi mal aproveitada.

Ponto Fraco: Os excessos tornam o filme grotesco.

Pior Cena: Para mim o final do xerife Oleson. Já vi coisas ridículas, mas essa conseguiu superar.