domingo, 17 de outubro de 2010

Eu & “Para Sempre na Memória”

Ontem fiquei devendo à você a continuação do especial de aniversário, onde escolhi alguns títulos especiais que me marcaram bastante. Hoje, no último filme da série, comento aqui um que é muito especial para mim.

Lançado em 1988 o filme Para Sempre na Memória (Permanent Record) trazia em seu elenco principal um até então desconhecido Keanu Reeves. O filme está focado em um grupo de estudantes, de uma escola secundária.

Entre eles, destaque para David (Alan Boyce). Além de ótimo aluno, o rapaz é um filho carinhoso e grande amigo de Chris (Keanu Reeves), com quem tem uma banda.

Mas, apesar de aparentar ter a vida que todos almejariam, com um futuro promissor, David sente uma pressão muito grande em suas costas. A sensação que tem é a de que precisa ser perfeito, o que nem sempre é possível.

E com a formatura se aproximando, seu desejo era poder parar um pouco e só por um momento, não ter nenhuma preocupação ou obrigação. Mesmo assim, o rapaz optou por não dividir essa angustia com ninguém, nem mesmo com Chris.

Um dia, durante uma festa, Chris vê David cair de um penhasco. O rapaz morre e sua partida deixa seus amigos muito chocados, principalmente Chris. Os jovens decidem homenageá-lo durante um evento que vai acontecer no colégio, para qual David estava produzindo as músicas.

Tudo estava caminhando mais ou menos bem, até Chris receber a partitura de uma música que ele e David estavam trabalhando, pelo correio, junto com um bilhete. Pelo conteúdo, Chris percebe se tratar de uma despedida.

É aí que história muda de figura, já que a morte de David deixa de ser uma fatalidade para se tornar suicídio.

Vale a pena conferir: Porque é um filme que traz a tona questões muito importantes, com destaque maior na juventude. Como por exemplo, de como os jovens sentem pressão durante a transição entre a vida infantil e adulta. Além disso, quebra a temática de que nem sempre quem aparenta ter a vida perfeita, é feliz.

Melhor Cena: O filme é um drama, por isso apresenta cenas muito fortes e emocionantes. Me toca bastante as sequências pós Chris saber que David se matou. O rapaz pira, e Keanu Reeves trabalha muito bem. E o final, quando os jovens alunos conseguem homenagear David cantando a música que ele tinha feito, em parceria com Chris.

Eu & a Obra: Descobri esse filme na locadora por acaso, e confesso que peguei porque tinha Keanu Reeves no elenco. Como eu já conhecia seu trabalho de outros tempos, me animei em conferir esse do início de sua carreira. Amei! É um filme que me emociona profundamente e me leva às lágrimas, mas não de tristeza. A música é linda, a história é forte e as atuações, maravilhosas. Vale mais do que a pena conferir, para depois refletir sobre o tema. Às vezes alguém precisa de você, mas quando nos tocamos disso é tarde demais.