sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Eu & “Elvira, a Rainha das Trevas”

Para fechar o especial férias, o filme escolhido tinha que ser o “the best”. E ocupando essa categoria, ninguém menos que Elvira, a Rainha das Trevas (Elvira, Mistress of the Dark, 1988).

Elvira (Cassandra Peterson) é apresentadora de um programa, cuja programação é composta por filmes B de terror. Mas seu sonho é brilhar na televisão. Sonho esse que pode vir a se tornar realidade, quando descobre ser herdeira de uma tia distante

Na leitura do testamento, Elvira fica sabendo que tia Morgana lhe deixou uma velha mansão, localizada na pequena cidade de Fallwell, e um livro de receitas. Sua ideia logo é vender a casa e montar um show em Las Vegas. Mas para que isso se concretize, é preciso reformar a mansão.

Ao tomar posse de sua herança, Elvira percebe que não é bem vinda pelas “carolas” da cidade. Tudo pelo seu modo moderno de vestir e se comportar. Em compensação, os jovens ficam loucos por ela. E por conta disso, concordam em ajudá-la a consertar a casa.

Se não bastasse todos esses problemas, seu tio Vincent Talbot (William Morgan Sheppard) está interessado no livro de receitas, deixado por Morgana, e em um anel que acompanha Elvira desde que era um bebê. Ambos são a chave para que ele se torne um bruxo mais poderoso, e perigoso, do que já é.

Vale a pena conferir: Elvira, a Rainha das Trevas é um filme deliciosamente engraçado. Roteiro simples, produção sem muitas pretensões, quase trash, mas a cara de sessão da tarde. Retrata bem a questão das diferenças e ainda, como muitas vezes as pessoas se deixam levar pela aparências.

Melhor cena: Assim que chega na cidade, Elvira consegue um emprego no cinema de lá. E como sonha ser uma estrela, resolve fechar a sessão com um espetáculo seu. Ela reproduz a cena do filme Flashdance em que, após dançar, a bailarina se senta numa cadeira, puxa uma corda e na mesma hora, cai água sobre seu corpo. É claro que com Elvira o resultado sai diferente.

Também destaco o final, quando ela consegue montar o show da forma que sempre sonhou. É aí que entra as famosas “giradas” com o seio.

Curiosidades: Primeira: quando citei o filme como the best, foi porque é um dos campeões de exibições na telinha da Globo. Chegando a marca de duas vezes por ano, nas férias de janeiro e julho.

Segunda: no programa Furo MTV a imagem de Elvira girando os seios são utilizadas para citar um quadro do programa, que consiste em um giro pelo que anda acontecendo no mundo.

Terceira: Não sei não, mas desconfio que a cantora inglesa Amy Winehouse se inspirou no visual de Elvira para compor o seu. Rsrs.

Eu & a Obra: Se existem filmes que marcaram minha infância, diria que Elvira, a Rainha das Trevas marcou minha adolescência. Adoro! Acho divertido, desprentencioso, hirônico... Me amarro em sua estética, no visual meio hard rock da Elvira, na composição das personagens. De longe é uma superprodução. Pelo contrário, está mais para filme B. Mas é tão bacana, que não me arrependo de ver e muito menos indicar à você.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Eu & "Férias Frustradas"

No penúltimo dia do especial férias, o título escolhido é um que tudo tem a ver com o tema. Estou falando de Férias Frustradas (Vacation), um verdadeiro clássico dos anos 80.

Lançado em 1983, o filme começa quando Os Griswolds decidem sair de férias rumo ao Walley World, famoso parque de diversão. O problema começa gaças a Will Griswolds (Chevy Chase), chefe da família, que planeja uma viagem de carro, ao invés de avião, visando poupar dinheiro e proporcionar uma maior aproximação entre eles.

Como já era de se esperar, o passeio começa a ficar turbulento o partir do momento em que saem de casa. Will não conhece direito o caminho e se enrola com o mapa.

Já os irmãos Rusty (Anthony Michael Hall) e Audrey (Dana Barron) se odeiam, e por isso brigam o tempo todo. Cabe a Ellen Griswolds (Beverly D’Angelo), a mãe, tentar manter a ordem. O que não é uma tarefa muito fácil.

Enjoos, brigas entre os irmãos, pneu furado, carro enguiçado, erros no percurso... são apenas alguns dos empecilhos com os quais a família irá se deparar pelo caminho. Imprevistos que fazem dessa viagem, uma história muito engraçada.

Vale a pena conferir: Quem nunca planejou férias em família e deu com os “burros n’água”? O filme relata justamente isso. Mas além de problemas e brigas pelo caminho, mostra o quanto que, por mais impefeitos que possam ser, família é sempre família. E no final, prevalece o amor que os une.

Melhor cena: Durante toda a história, o que mais nos deparamos são com cenas hilárias. Chevy Chase é um ótimo comediante e basta olharmos para sua cara, que logo nos dá vontade de rir. Mas, não dá para não escolher a cena final e o destempero que a situação provoca em Will.

Curiosidade: Primeiro destaco o saudoso John Candy, outro monstro da comédia anos 80, no papel de um segurança do parque. Vê-lo em cena, mesmo que pequena, é sempre muito bom.

Segundo: o filme fez tanto sucesso que rendeu várias continuações. Tivemos ainda Férias Frustradas 2 (lampoon's vacation european, 1985), em que eles vão parar na Europa por causa de um concurso. Férias Frutradas de Natal (Christmas Vacation, 1989), cuja história consiste na busca pelo Natal perfeito, organizado por Will. E o quarto, que demorou para sair, Férias Frustradas em Las Vegas (Vegas Vacation, 1997). Como o nome sugere, nesse último a família Griswolds vai curtir merecidas férias na animada cidade.

Terceiro: a atriz Beverly D’Angelo, que faz a mãe, era a mocinha de Hair. Musical que você ainda verá por aqui.

Eu & a Obra: Adoro Férias Frustradas porque segue a linha de filme pastelão, muito comum na década. Comédia light, sem muita apelação. Vi todos, mas os que me agradam mais são o primeiro e o terceiro (Natal). Engraçadíssimos!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Eu & "Lili"

No festival férias de hoje resolvi trazer para você um clássico do cinema francês, dirigido por Charles Walters. Adaptação do romance de Paulo Gallico, Lili (Lili) foi lançado em 1953. E por muitas vezes fez a alegria de quem um dia foi criança, em frente a telinha da Globo.

Na história Lili (Leslie Caron) é uma jovem órfã, de 17 anos, que um dia vai morar num circo. Adotada pelos artistas de lá, se apaixona pelo mágico Marc e acredita que é correspondida.

Mas ela demora a perceber que Marc (Jean-Pierre Aumont) é arrogante, sem nenhum escrúpulo e, apesar de ser comprometido com sua assistente Rosalie (Zsa Zsa Gabor), dá esperanças a menina por pura maldade.

No decorrer do filme, a jovem sofre muito. E tenta acalentar sua solidão através da amizade com quatro fantoches, que fazem parte de um show do qual ela participa.

Sua inocência é tanta, que por alguns momentos acredita se tratar de pessoas, ao invés de bonecos. E acaba abrindo seu coração. Do outro lado da hsitória, quem manipula esses bonecos é Paul Berthalet (Mel Ferrer).

Paul é um artista completo, porém visto como um homem amargurado devido a uma deficiência. Ele é manco. Pessoalmente é muito rude com Lili, pois acredita que ela nunca irá se apaixonar por ele. Mas através de seus bonecos manda, a todo tempo, mensagens de amor para a menina.

Vale a pena conferir: Primeiro porque eu acho que todo mundo deveria ver um clássico pelo menos uma vez na vida. Filme antigo é sempre uma delícia. Segundo, porque é uma história muito doce, bacana. Um romance, com um toque de ingenuidade bem legal. É quase um conto de fadas, com direito a heroína e um príncipe cujos trejeitos lembram os de um vagabundo.

Melhor cena: Quem viu vai concordar comigo. Com certeza a que os fatoches cantam com Lili a música “Hi Lili, Hi Lo”. Mas também destaco os diálogos da garota com os bonecos, no decorrer do filme.

Curiosidade: Tenho três. Primeiro, o filme tem como referência a história de A Bela e a Fera, clássico da literatura. Segundo, a música “Hi Lili, Hi Lo” ganhou o Oscar. E a terceira é bem pessoal. Quando muito pequena, tinha medo de alguns dos fantoches. Acho que da realidade que eles passavam, sei lá.

Eu & a Obra: Não deve ser difícil imaginar, adoro esse filme. Fez parte da minha infância. Já o vi muitas vezes, apesar de não me lembrar quantas. E nunca me esqueci da música tema e sua melodia.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Eu & “Matilda”

O filme de hoje em cartaz no especial férias, é uma produção não muito antiga. Lançado em 1996, Matilda (Matilda) retrata a vida de uma menininha (Mara Wilson) pródiga para sua idade.

Filha de pais loucos e envolvidos com trabalhos ilicitos, Harry (Danny de Vito) e Zinnia (Rhea Perlman), Matilda sempre foi solitária, porém com muitas curiosidades sobre a vida.

Como seus pais, e muito menos irmão, nunca deram muita atenção às necessidades da menina, ela cresceu tendo que se virar sozinha. E foi assim que aprendeu a ler e escrever.

Apaixonada pelos livros, seu passatempo predileto é ir até a biblioteca em busca de novas histórias. Mas o que Matilda sentia mais falta, era de frequentar uma escola. Pedido que seus pais nunca atendiam.

Como vendedor de carro, um dia Harry faz negócio com a diretora de um colégio chamada Agatha Trunchbull (Pam Ferris). Além de comprar o automóvel ela faz um acordo com ele, que consiste em uma vaga para Matilda na escola.

O que a menina não imaginava era que a Sra. Trunchbull se tratava de uma megera que odiava crianças. A sorte da menina foi ter caído na sala de Jennifer Honey ( Embeth Davidtz), uma professora super carinhosa.

A Srta. Honey logo percebe que Matilda é muito inteligente para sua idade e por isso, deveria ter uma atenção especial. Ao mesmo tempo, ela vê que os pais da menina acham isso uma bobagem e não a tratam como deveria.

No decorrer da história, a aproximação das duas se torna cada vez mais evidente. Além disso, Matilda percebe que tem mais do que uma inteligência avançada. E sim, o poder de mover objetos com a mente.

E será através desse dom, que a menina colocará as pessoas em seu devido lugar. A começar pela megera Sra. Trunchbull e a querida professora Honey.

Vale a pena conferir: Que Matilda é um filme infantil, ninguém duvida. Mas com um roteiro tão bacana, é quase impossível não gostar dele. Independente de sua idade. A menina cativa com seu jeito inteligente, sensível e irônico de ser. A amizade entre ela e sua professora é outro ponto forte, além do mau humor da Sra. Trunchbull - típica vilã engraçada – e de como os pais de Matilda são idiotas.

Melhor cena: Tem várias cenas engraçadas. Destaque para a Sra. Trunchbull arremessando uma aluna pela janela, só porque ela estava de tranças no cabelo. Aliás, todas as cenas dela são muito boas. Depois, quando Matilda percebe ter poderes graças a irritação com seus pais. Na sequência seguinte, ela começa a treinar e aprende a dominá-los.

Curiosidade 1: O roteiro e a direção do filme são de Danny de Vito. O ator também interpreta o pai da menina e ainda, narra a história.

Curiosidade 2: Na última vez que vi, meu pai assistiu comigo e morreu de rir. : )

Eu & a Obra: Adoro Matilda. Descobri o filme por um acaso, na locadora. Aluguei, não me arependi e sempre que passa na TV, assisto de novo. É o tipo de filme que não me canso. Curto a história, as atuações, conheço os diálogos, a trilha e confesso, adoraria ter os poderes dela. Rsrs.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Eu & “Viva! A Babá Morreu”

Nosso especial férias continua, hoje com uma produção apontada como sendo um clássico da sessão da tarde. Viva! A Babá Morreu (Don't Tell Mom the Babysitter's Dead), de 1991.

A história começa quando a mãe de cinco filhos resolve tirar ferias e viajar com o namorado, durante o verão. E para não deixá-los sózinhos, ela contrata a senhora Sturak (Eda Reiss Merin) como babá.

De início, a velhinha se faz de simpática. Mas basta a mãe virar as costas, para se mostrar uma verdadeira carrasca. Não demora muito, a Sra. Sturak coloca os jovens para fazer tarefas domésticas, implica com seus hábitos alimentares e comportamentais.

No final daquele mesmo dia, os jovens acabam tendo uma surpresa. A velha sofre um ataque cardíaco e morre. Com medo do que possa acontecer, os irmãos dão um fim no corpo. Mas não percebem que todo o dinheiro deixado pela mãe, estava em posse dela.

Resultado, ficam sem um tostão para as despesas da casa. Mesmo assim, decidem não chamar a mãe de volta. E o jeito encontrado é Sue Ellen (Christina Applegate), a irmã mais velha, conseguir um emprego.

Primeiro, ela tenta trabalhar em uma lanchonete. Mas logo se aborrece ao ter que lidar com clientes mal educados e gordura no cabelo. Depois, prepara um currículo falso, disfarça sua idade e consegue emprego de executiva numa grande empresa. E o que parecia fácil demais, acaba tomando grandes proporções.

Vale a pena conferir: Viva! A Babá Morreu é um filme muito legal. Como a maioria das comédias teens também debate a questão da responsabilidade, comum na transição entre pré-adolescente, adolescente e jovem. Mas, ressalta a ideia de que tudo tem seu tempo e hora. Além disso, destaca relações pessoais entre pais, filhos, irmãos, amigos e amores.

Melhor cena: Gosto muito do desfile que Sue Ellen organiza em sua casa, mais para o final do filme. Acho legal a cumplicidade entre seus irmãos e amigos, que a ajudam com o evento.

Curiosidade: Como curiosidade destaco primeiro a atriz Christina Applegate, que faz a Sue Ellen. Aqui era praticamente uma adolescente. Mais tarde, passa a ganhar papeis de destaque em comédias como o filme Tudo Para Ficar Com Ele e, posteriormente, na série de TV Samantha Who?. Ano passado ela ainda superou um câncer de mama.

Outra curiosidade é o remake do filme, cujo original faturou US$ 25 milhões em bilheterias, que está sendo escrito.

Eu & a Obra: Como a maioria dos títulos que venho falando aqui, durante este especial, esse também não foge a regra dos que mais vi em minhas férias escolares. Não e a toa que, reforçando o que falei no início do texto, é considerado um clássico da sessão da tarde. E, assim como os outros, há tempos não passa na TV. Pena, de novo!

domingo, 1 de agosto de 2010

Eu & “Uma Noite de Aventuras”

Apesar do mês já ter virado, o especial férias continua esta semana. O filme que falo agora é uma deliciosa comédia, que já agitou muito as tardes da Globo. Uma Noite de Aventuras (Adventures in Babysitting) é uma produção de 1987.

Protagonizada pela então desconhecida Elizabeth Shue, que mais tarde seria indicada ao Oscar pelo papel de prostituta no filme Despedida em Las Vegas, a história começa quando a jovem Chris Parker (Elizabeth Shue) vê os planos de passar a noite com o namorado irem por água abaixo.

Sem ter o que fazer, ela aceita trabalhar como babá de Sara (Maia) e Brad (Keith Coogan), durante a noite, enquanto os pais dos jovens vão à uma festa. O que parecia uma noite tranquila, vira um pesadelo graças à sua amiga Brenda (Penelope Ann Miller). A jovem está com problemas no centro da cidade e pede que Chris vá ajudá-la.

Chris, Sara, Brad e seu amigo Daryl (Anthony Rapp) vão de carro buscar Brenda. O pneu fura em plena avenida, eles descobrem que estão sem estepe e dinheiro. E a confusão está apenas começando, já que terão de lidar com os perigos noturnos da cidade grande.

Vale a pena conferir: Uma noite de Aventuras é um filme muito divertido, pois assim como o nome sugere as persoangens passam por várias situações de risco, mas com um toque relativamente engraçado. E mais, de uma certa forma discute questões pessoais. Essa louca experiência os fará ver a vida de outra forma, o que os tornarão mais próximos e amadurecidos.

Melhor Cena: Gosto muito quando eles param num bar frequentado somente por negros e ouvem a seguinte frase: “ninguém sai daqui sem antes cantar um Blues”. E é o que fazem, Acho muito legal.

Curiosidade: O filme tem dois jovens atores da década de 80. Elizabeth Shue, que se destacaria mais tarde nos filmes Despedida em Las Vegas e O Homem sem Sombra. E Keith Coogan, conhecido por trabalhos em Rebeldes e Heróis e Viva! A babá Morreu. Produções que você ainda verá aqui no blog. Rsrs.

Eu & a Obra: Como falei lá no início do texto, esse filme vivia “batendo cartão” na telinha da Globo. E toda vez que era exibido, eu o via. Mas, há tempos não passa. O que é uma pena. Eu adoro e por isso indico.