sábado, 28 de agosto de 2010

Eu & “O Clube dos Cinco”

No penúltimo dia do especial John Huhges, o filme em destaque é o que acho mais completo. Clube dos Cinco (The Breakfast Club) foi lançado em 1985 e trazia em seu elenco, além dos queridinhos Molly Ringwald e Anthony Michael Hall, Emílo Estevez. Completando o “clube” tínhams ainda Ally Sheedy e Jud Nelson.

O filme começa quando cinco alunos se reúnem na detenção, graças à pequenos delitos cometidos durante a semana. De temperamentos bem diferentes, Andrew (Emílio Estevez), Brian (Anthony Michael Hall), John (Jud Nelson), Claire (Molly Ringwald) e Allison (Ally Sheedy) terão que passar o sábado inteiro no colégio, pensando na burrada que fizeram.

E mais, ao final do dia uma redação de auto análise, cujo tema é “quem realmente são”, deverá ser entregue por cada um deles ao diretor do colégio.

No decorrer da história o nerd Brian tenta incentivar os colegas a levarem o castigo mais a sério, enquanto Molly e Allison se mostram neutras e John não para de provocar Andrew, que sempre revida.

A convivência entre os jovens durante aquele dia começa a ficar insuportável, até o momento em que segredos de suas personalidades vêm à tona. E é a partir daí que as diferenças entre eles passam a não significar nada, diante das semelhanças presente em seus sentimentos.

Vale a pena conferir: Se o objetivo de John Hughes durante sua carreira era falar de jovens, e para jovens, com O Clube dos Cinco ele atingiu o ápce da perfeição. Quem viu, jamais esqueceu. E quem assistir pela primeira vez, com certeza o adotará como seu preferido. Bom roteiro, diálogos brilhantes e ótimas atuações, fizeram esse filme se tornar um marco do cinema nos anos 80.

Melhor Cena: Com certeza quando os jovens dividem cigarros de maconha e segredos, em função do efeito da droga. É quando o filme começa a se desenrolar, de forma bacana, natural e engraçada. Também destaco a cena antológica de Allison sacudindo o cabelo para cair caspa no seu desenho, fazendo a vez de neve. E o final, quando a redação é narrada na voz do Brian.

Curiosidades: John Hughes faz uma ponta no filme, no papel do pai de Brian. Já a banda Simple Minds estourou nas paradas de sucesso graças a música “Don't You (Forget About Me)”, tema do filme.

Eu & a Obra: Amo Clube dos Cinco pela sua sensibilidade. Falar de jovens problemáticos, assim como suas diferença, é muito comum. Mas só John Hughes para não se deixar prender à velhos clichês e ter o feeling necessário, na hora de criar personagens tão reais. E mais, encontrar afinidades entre um cérebro, um atleta, uma pirada, uma princesa e um criminoso.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Eu & “A Garota de Rosa Shocking”

Para a reta final do especial “Um ano sem John Hughes”, separei meus três filmes prediletos dele. E o primeiro, que você confere hoje, é A Garota de Rosa Shoking (Pretty in Pink), lançado em 1986.

O filme conta a história de Andy (Molly Ringwald), uma menina inteligente e de muita personalidade. De origem humilde a jovem, criada apenas pelo pai, é inteligente e sonha com uma vida melhor. Mas se sente excluída no colégio onde estuda, já que a maioria dos alunos são ricos.

Nas horas vagas, cuida da casa, do pai e ainda trabalha na loja de discos da amiga Iona (Annie Potts). Ao seu lado está sempre Duckie (Jon Cryer), o melhor amigo que nutre uma paixão platônica por ela.

Um dia Blane (Andrew McCarthy), jovem riquinho recém chegado ao colégio, vê Andy e fica completamente atraído por ela. Ele descobre onde a garota trabalha, puxa conversa, e consegue marcar um encontro.

Ela aceita o convite e, apesar de alguns percalços durante a saída, os dois percebem que a afinidade entre o casal é mais forte do que as diferenças sociais. Andy e Blane começam a namorar, e fazem planos para o baile de formatura.

Mas o romance deles irá afetar muita gente. A começar por Steff (James Spader), o melhor amigo de Blane que esconde seu interesse por Andy. Ao invés de admitir, prefere difamála e atrapalhar o relacionamento do casal.

Duckie, que sofre ao ver sua amada nos braços de outro. Além disso, teme que a amiga vá se desiludir com o cara rico. E os pais de Blane, que proibem o namoro dele com a menina sór porque ela não é da mesma classe social que eles.

No decorrer da história a relação entre Andy e Blane fica abalada. E mesmo afastada dele, ajovem não desiste de curtir o baile. Mas para isso, terá que conseguir o vestido dos seus sonhos.

Vale a pena conferir: Porque tem um pouco de Cinderela no ar. É velha história da mocinha pobre que sofre muito, até encontrar o amor nos braços do príncipe encantado. Considerado um clássico dos anos 80, o filme encanta não apenas pelo romance, como também os velhos temas que sempre nos fazem pensar. Principalmente quando somos jovens ou estamos começando a entrar no mundo adulto. Amor, preconceito, diferenças sociais e aceitação em um grupo.

Melhor Cena: Gosto muito das sequências em que Andy contracena com Iona, a amiga dela é muito doida. Além disso, uma conversa da jovem com seu pai, as sequências com Duckie, que são muito engraçadas, e o final, claro.

Curiosidades: Molly Ringwald, a protagonistas, apesar de ter feitos outros trabalhos de John Hughes, ficou eternizada como a eterna garota de rosa shocking. O ator Jon Cryer, que deu a vida ao amigo fiel e esquisitão de Andy, é um dos solteirões da série Two and a Half Men (Warner Channel). James Spader está na série Justiça sem limites (Fox). Já Andrew McCarthy trabalhou em Lipstick Jungle, ex-série da Fox.

Eu & a Obra: Gosto desse filme por vários motivos. Primeiro, acho a história muito bacana. Segundo, adoro as personagens, em especial Andy, Duckie e Iona. Terceiro, meu sonho era ter um carro rosa como o de Andy. E por fim, sempre achei Andrew McCarthy e James Spader uns gatos.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Eu & “Gatinhas e Gatões”

Minha escolha para hoje, no especial em homenagem a John Hughes, é um filme que curiosamente revi ontem. Gatinhas & Gatões (Sixteen Candles), é uma produção de 1984 e começa no dia em que Samantha Baker (Molly Ringwald) completa 16 anos.

A jovem sempre sonhou com a data, mas viu seu mundo desmoronar quando se deu conta de que toda sua família havia esquecido seu aniversário graças ao casamento de sua irmã mais velha, que seria realizado no dia seguinte.

E o inferno astral de Samantha parecia não ter mais fim. Primeiro, a casa estava de ponta cabeça com a chegada de seus avós para o casamento. Segundo, Ted (Anthony Michael Hall), um nerd do colégio, não larga do seu pé. E por fim, ela esta completamente apaixonada por Jake Ryan (Michael Schoeffling).

Jake é o cara mais gato do colégio e namora a garota mais popular, por isso Samantha acredita não ter nenhuma chance com ele. Mas tudo começa a mudar quando ela responde um desses testes anônimos, em que admita estar louca pelo rapaz. E o papel cai justamete nas mãos dele.

Daí endiante Jake passa a prestar mais atenção nela, quer se aproximar, mas não tem tanta certeza assim se ela gosta realmente dele. A menos que a jovem demonstre seus sentimentos. Mas para isso acontecer, grandes tabus terão que ser derrubados.

Vale a pena conferir: Porque é uma história muito bacana, apesar de ser uma produção teen, com cara de sessão da tarde. A falta de comunicação, que gera maus entendidos até chegar ao seu desfecho, é a grande jogada do filme. E como todos os trabalhos de John Hughes, fala muito bem sobre relacionamentos pessoais.

Melhor Cena: Primeiro as sequências protagonizadas por Anthony Michael Hall. Ele rouba a cena e como esse deve ter sido um de seus primeiros trabalhos, pois estava muito novinho, já mostrava que daria o que falar durante a carreira. Segundo, acho bem legal o desabafo de Samantha com seu pai. E ainda, a cena em que seus avós falam com Jake por telefone, o casamento e o final. Ufa!!!

Curiosidades: Como John Hughes era ótimo para descobrir talentos, repare em John Cusack (do filme 1408) no papel de um dos nerds, amigo de Ted.

Eu & a Obra: Gosto muito desse filme porque acho a história divertida, mas com um toque de seriedade. Já que discute assuntos sérios. Também o acho leve, apesar de ser focado na questão da sexualidade juvenil. E isso sempre ns remete à situações escrachadas. E por fim, me faz lembrar de minha adolescência, da época em que assistia muito a filmes do gênero na sessão da tarde.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Eu & “Mulher Nota 1000”

No especial em homenagem a John Hughes, o filme de hoje é a comédia Mulher Nota 1000 (Weird Science). Esse clássico dos filmes teens anos 80 foi baseado na fábula do Frankenstein, mas precisamente em A Noiva de Frankenstein.

No filme lançado em 1985, os jovens Gary (Anthony Michael Hall) e Wyatt (Ilan Mitchel-Smith) são dois nerds que, além de não fazerem sucesso com as garotas, vivem servindo de deboche para os rapazes do colégio.

Um belo dia, aproveitando que seus pais viajaram, Wyatt convida Gary para dormir em sua casa. Sem nada para fazer, os dois tem a “brilhante ideia” de projetar a mulher de seus sonhos, com o uso do computador.

O que parecia uma loucura acaba dando certo. Graças a uma tempestade a boneca toma a forma da mulher perfeita, com moldes de uma modelo e o cérebro de um gênio. Seu nome, Lisa (Kelly LoBrock).

Lisa passa a ser fiel aos seus criadores, mas através de toda essa fidelidade o que ela realmente consegue é proporcinar aos jovens a confiança necessária para levarem uma vida normal e serem felizes nas ecolhas que fizerem.

Porém, nem tudo são flores. Por ser sexy demais, Lisa acaba atraindo a atenção de outras pessoas. Incluindo os garotos do colégio, que vivem implicando com os dois amigos, e Chet (Bill Paxton), irmão mais velho de Wyatt. Esse último, ao perceber que algo está errado vai aproveitar para infernizar ainda mais a vida do irmão.

Vale a pena conferir: Primeiro, acho ótima a ideia de criar a mulher perfeita. Por mais boba que pareça. Segundo, os temas que o filme aborda, como o bullying – problema que atinge uma grande maioria de jovens -, insegurança, amizade, as diferenças – que influenciam na hora de ser aceito em um grupo, ou não –, amor e relações familiares.

Melhor Cena: Várias. Gosto quando projetam a Lisa, quando ela os leva para um bar de blues, além das sequências em que Lisa enfrenta os pais de Gary e o irmão de Wyatt. Além do final, claro.

Curiosidades: Várias, também. A intérprete de Lisa (Kelly LoBrock) é mais conhecida por ser a eterna Dama de Vermelho, no filme de mesmo nome. Já Anthony Michael Hall, que interpreta o Gary, é praticamente cria de John Hughes. Trabalhou com ele ainda em Gatinhas & Gatões e Clube dos Cinco - títulos que você verá aqui esta semana -, e após crescer, foi destaque na série O Vidente. A música tema, que também leva o nome do filme, era interpretada pelo grupo Oingo Boingo, que veio a fazer sucesso entre os anos 80 e 90. Por fim os atores Bil Paxton e Robert Downey Jr. bem novinhos.

Eu & a Obra: Sou um pouco suspeita para falar, pois adoro esse filme. Gosto da história, elenco, trilha sonora... Assistia muito na sessão da tarde e esse ano tive a sorte de revê-lo duas vezes, sendo uma na TV a cabo. Um segredo: quando adolescente achava o ator Ilan Mitchel-Smith um gatinho. Recentemente, em um programa sobre as 100 celebridades mirins dos anos 80, descobri que abandonou a carreira de ator e virou professor universitário. Está irreconhecível, careca e gordinho. rsrs

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Eu & “Quem Vê Cara Não Vê Coração”

O segundo título do especial “Um ano sem John Hughes” é uma deliciosa comédia, bem no estilo sessão da tarde, produzida em 1989 e estrelada pelo saudoso John Candy.

Em Quem Vê Cara Não Vê Coração (Uncle Buck) o ator John Candy é Buck Russell, um solteirão porraloka e irresponsável, que só quer saber de curtir a vida sem obrigações, regras e preocupações cotidianas.

Até o dia em que seu irmão e esposa precisam se ausentar de casa, por conta de problemas familiares, e “Tio Buck” é a única pessoa com tempo livre para tomar conta dos sobrinhos, as crianças Maisy Russell (Gaby Hoffman) e Miles Russell (Macaulay Culkin) e Tia Russell (Jean Louisa Kelly), adolescente rebelde que não aceita a indiferença dos pais.

Buck concorda em ajudar Bob, mas ao chegar na casa do irmão percebe que terá muitos problemas pela frente. Já que não está acostumado a lidar com tarefas domésticas e muito menos, com a vida regrada que os sobrinhos levam.

Entre uma atrapalhada e outra, aos poucos Tio Buck conquista o carinho e a confiança das crianças. Além de se adaptar a forma com que a casa é comandada. O desafio maior será domar Tia, a sobrinha mais velha. Revoltada com a indiferença dos pais, vai dar muita “cabeçada”, até perceber que o tio só quer o seu bem.

Vale a pena conferir: Gosto muito de Quem Vê Cara Não Vê Coração porque, como o próprio nome sugere, discute a questão daqueles que se deixam enganar pelas aparências. O melhor é quando o resultado sai positivo, ou seja, percebemos que a pessoa é alguém bacana, como é o caso de Tio Buck. Além de retratar tão bem as relações familiares.

Melhor Cena: John Candy era um excelente comediante, então basta olhar para sua cara que já começamos a rir. Por isso destaco algumas sequências suas na casa, como secando roupa no microondas ou dormindo com as crianças, que sentem medo de dormir sozinhas. Agora a melhor é quando ele resgata Tia em uma festa e dá uma lição no namoradinho dela, que a destratou. Muito boa!

Curiosidade: Destaco a presença de um desconhecido Macaulay Culkin, já que Esqueceram de Mim, filme que o consagraria, viria no ano seguinte.

Eu & Obra: Adoro esse filme pelos motivos que já falei acima, boa história, sabe nos fazer pensar, refletir sobre nossos atos, ressalta amizade, amor, relações familiares. Uma boa dose de comédia e drama, daquelas que conseguem nos emocionar. E isso é sempre muito bom.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Eu & “Alguém Muito Especial”

Iniciando o especial um ano sem John Hughes, o título escolhido é Alguém Muito Especial (Some Kind of Wonderful), produção de 1987. No filme, Keith Nelson (Eric Stoltz) é um jovem tímido e apaixonado por Amanda Jones (Lea Thompson, a garota mais popular do colégio.


Com a ajuda de Watts (Mary Stuart Masterson), sua melhor amiga, ele consegue programar um encontro dos sonhos. Com direito a limosine e uma joia, que comprou usando o dinheiro reservado para a faculdade.

O que Keith não imaginava era que Hardy Jenns (Craig Sheffer), o namorado rico de Amanda, havia armado uma cilada para o rapaz, com o intuito de “colocá-lo em seu devido lugar”.

Watts, que está servindo de motorista para o casal, descobre o plano de Hardy e tenta avisar o amigo. Mas ele acha que a jovem está mentido, por conta do ciúmes que sente dele. Ela sempre foi apaixonada por Keith.

Chateada, vai embora e deixa para o amigo tirar suas próprias conclusões.

Vale a pena conferir: Porque como a maioria dos trabalhos de Hugues, destinados ao público teen, esse também não foge a regra. Fala de relacionamentos amorosos e de amizades. Do quanto, quando se é jovem, levamos tudo ao extremo. Das dificuldades em entrar na vida adulta e se adaptar ao novo, diferente. Preconceito, aparência... E o que é melhor, com a maestria que lhe cabia.

Melhor Cena: Gosto de quando Keith se dá conta de quem realmente merece o seu amor. Acho a cena muito linda.

Eu & a Obra: Apesar de não ser uma das obras mais populares de John Hugues, sempre me encantei por essa história. Da forma como é contada e principalmente, em seu foco. Há duas questões importantes, o fato de às vezes nos levarmos pelas aparências e ainda, de quando as coisas estão na nossa frente, mas a gente demora a enxergar.