quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Eu & “Crash – No Limite”

O ano novo começou e com ele, mais uma lista gostosa de filmes para postar aqui. Como estamos em época de férias, o ideal seria estrear 2011 com um especial dedicado a data.

Diferentemente, decidi deixar o especial para a próxima semana e hoje falo de um filme nao muito recente. Mas que, curiosamente, só o vi esta semana e fiquei encantada com a história. Por isso minha euforia em citá-lo logo.

Crash – No Limite (Crash) é uma produção de 2004. Vencedor do Oscar de 2006, o filme mostra a vida de diversas personagens que apesar de não se conhecerem, passam por situações parecidas onde o preconceito é o principal fator a ser discutido.

Com um elenco de primeira, encabeçado por atores já conhecidos como Sandra Bullock, Matt Dillon e Brandon Fraser, a produção levanta de forma brilhante a questão da intolerância e o que ela pode acarretar na vida das pessoas.

A história começa quando Jean (Sandra Bullock) tem o carro roubado por dois rapazes negros. Casada com Rick (Brendam Fraser), um promotor de sucesso, ela passa a ter crises de pânico e ira, além de atitudes raciais.

Um dos jovens que roubou o carro de Jean é o irmão desaparecido de Graham (Don Cheadle). Detetive renomado, conseguiu subir na vida apesar de ser um negro vindo de origem humilde. E de certa forma, esqueceu um pouco suas raízes.

Em outro ponto da cidade os policiais Ryan (Matt Dillon) e seu parceiro Hanson (Ryan Phillippe) saem em busca do carro roubado, mas acabam abordando um veículo dirigido pelo diretor de cinema Cameron (Terrence Howard), que estava na companhia de sua esposa Christine (Thandie Newton).

No ato da diligência, Ryan faz ameaças ao casal de negros e chega a molestar a mulher. Seu parceiro logo percebe que o oficial é racista, mas apesar de não concordar com sua atitude, nada faz para impedi-lo.

Paralelo a isso tudo, o filme se completa com a história de Daniel (Michael Pena), um chaveiro de origem latina que é chamado para atender a um imigante iraniano. Ele troca a fechadura da loja desse imigrante, mas como a porta continua com defeito, o estabelecimento acaba sendo roubado, fazendo com que o dono culpe Daniel pelo que ocorreu. E tenta resolver a questão com as prórpias mãos.

Vale a pena conferir: Porque é uma produção forte, com boas história paralelas que vão se amarrando no decorrer de todo o filme, com direito a desfechos surpreendentes. E o que é melhor, nos faz pensar e repensar, todo o tempo.

Melhor Cena: Há várias cenas bacanas, principalmente às relacionadas aos desfechos das personagens principais. Se eu contar, perde totalmente a graça. Por isso destaco a que Jean abraça sua empregada e diz que ela é sua única amiga. E ainda a cena final, com a ideia de tudo novo, de novo. 

Curiosidades: Além de faturar a estatueta de melhor filme, desbancando produções como Boa Noite e Boa Sorte e O Segredo de Brokeback Mountain, outros filmes brilhantes, Crash levou os prêmios de roteiro original e edição. O filme concorreu também aos Oscares de melhor diretor, ator coadjuvante (Matt Dillon) e canção original (“In the Deep”)

Eu & a Obra: Confesso que na época de seu lançamento, não despertei interesse em ver o filme. Nem mesmo quando levou o Oscar. Vi por um acaso esta semana, pois acreditava que estava mais do que na hora de conferir. E amei!

Filme forte, roteiro maravilhoso, ótimas atuações e ainda cenas de tirar o fôlego. Um soco no estômago, principalmente dos que se julgam melhor do que o outro.