quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Eu & “Bala de Prata”

Adoro filmes de terror! Principalmente quando os protagonistas da história são criaturas tradicionalíssimas, como vampiros e lobisomens. Infelizmente esse mercado anda meio em baixa.
Vampiros até estão um pouco mais em evidência, graça a saga Crepúsculo (quanto a isso, você já sabe minha opinião). Já lobisomens, há tempos não vejo produções interessantes. Mas esse quadro deve mudar com o recém lançamento O Lobisomem, nos cinemas.

Bem, esse eu ainda não vi. Mas enquanto aguardo a oportunidade de assisti-lo, pego carona na quaresma, que se inicia agora, logo após o carnaval, e cito quatro produções que apesar de diferentes ângulos, tem a criatura da noite como papel principal.

Bala de Prata (Silver Bullet) é um dos filmes, desse estilo, mais surpreendentes que já vi na vida. Conhecido no Brasil também como A Hora do Lobisomem, essa produção foi baseada no livro, de mesmo nome, do mestre Stephen King e deixa claro porque o autor é um gênio do terror.

Lançado em 1985, o filme tem como protagonista o ator Corey Haim (Marty Coslaw). Morador de Tarker's Mill, uma pacata cidade do interior, Marty é um rapaz que leva uma vida um tanto normal, apesar das limitações decorrentes de sua paralisia nas pernas.

De repente a rotina na cidade muda, graças a alguns acontecimentos inesperados. Uma série de assassinatos mal explicados assusta os moradores da região. Para a maioria, a culpa é de um maníaco. Já o jovem levanta a ideia de que o verdadeiro responsável seja um lobisomem.

Mas, como todo garoto aventureiro, Marty sabe que precisa ir mais longe para provar sua tese. No começo a única pessoa a creditar no garoto é seu tio Uncle Red (Gary Busey). Depois, o jovem tenta convencer a irmã Jane (Megan Follows) de que não está fantasiando nada e só consegue, quando a dupla quase é atacada pela criatura.

É aí que os dois começam uma investigação minuciosa e arriscada, a fim de desvendar a identidade do animal. Identidade essa, acima de qualquer suspeita.

Porque deve assisti-lo: Como falei no início, Bala de Prata é um filme com desfecho surpreendente. Desses que você jamais pode imaginar. O filme é antigo, numa época em que passava longe dos recursos que existem hoje, mas não chega a ser trash. Ele prova que bom roteiro e atuação são suficientes para transformar uma produção em ótima pedida.

Melhor cena: Com certeza a revelação da identidade do lobisomem. Ai que vontade de contar. Rsrs.

Curiosidade: Quando assisti ao filme pela primeira vez, conhecia Stephen King apenas pelo filme + livro O Cemitério Maldito. E já havia uma simpatia entre a gente. Depois de Bala de Prata, a genialidade do autor me encantou. Daí em diante comecei a ver todos os seus trabalhos.

Eu & a Obra: Quando eu ainda estava na faculdade, minha chefe Ana Enne fez uma pesquisa com seus estagiários: citar o nome de um homem inteligente. Respondi Stephen King. Por quê? Porque o acho “muito bom” naquilo que faz.

Eu & “Um Lobisomem Americano em Londres”

Para falar dessa minha escolha fui um pouco mais longe. O ano era 1981, quando o diretor John Landis trouxe para o cinema o filme que se tornaria um dos novos clássico do gênero terror. Um Lobisomem Americano em Londres (An American Werewolf On London) começa quando os estudantes David Kessler (David Naughton) e Jack (Griffin Dunne) iniciam uma viagem de três meses pela Europa.
Chegando em Londres, os jovens param em um bar para buscar informações sobre a redondeza. A primeira impressão não é muito boa, pois os habitantes são rudes e nem um pouco hospitaleiros. Sentindo-se desprezados, decidem seguir seu caminho. Mas, recebem um aviso: manter-se na estrada, longe da floresta, e tomar cuidado com a lua cheia.

David e Jack saíram de lá achando a população estranha, por isso não levaram muito a sério o que disseram. No caminho eles se distraem e quando percebem, estão no meio do mato. E ao lembrarem dos conselhos dados no bar, já é tarde. Um uivo é ouvido e logo em seguida, os jovens dão de cara com uma criatura os perseguindo.

Jack é morto. David acorda dias depois num hospital, sem se lembrar direito do que houve. Até que o amigo aparece para ele, em forma de morto-vivo, avisando que logo o rapaz se transformará na criatura abominável que os atacou e fará novas vitimas. A menos que acabe com a própria vida.

Paralelo a isso, David se apaixona pela enfermeira que cuidou dele no hospital. O jovem vai para a casa dela e pretende esquecer de tudo, inclusive das supostas alucinações com o amigo. Mas Jack está disposto a não permitir que o amigo se torne uma ameaça.

Melhores Momentos: O filme é muito bom. Apesar de ter sido lançado numa época em que os efeitos especiais ainda eram primários, surpreendeu no quesito maquiagem. Excelente! A transformação do jovem em lobisomem é uma das cenas mais dolorosas e bacanas que já vi. Outro destaque são os trechos em que David conversa com seu amigo Jack e também, passa a ser perseguido por suas vitimas. Afinal, eles só terão paz quando David partir.

Curiosidade 1: Apesar de ter sido exibido na TV algumas vezes à tarde, o filme é um pouco assustador. Uma mistura de terror e comédia, mas com cenas que podem lhe pregar alguns sustos.

Curiosidade 2: Na trilha sonora há a música “Blue Moon”.

Curiosidade 3: Anos mais tarde uma continuação foi lançada com o título Um Lobisomem Americano em Paris (1997). Um fiasco perto da produção original.

Eu & “Lobo”

Em 1994 o diretor Mike Nichols conseguiu transformar Jack Nicholson em lobo. Na sinopse de Lobo (Wolf), Jack Nicholson vive o escritor Will Randall. Quando estava vindo de uma viagem, Will atropela um animal no meio da estrada. Ao sair do carro para ver do que se trata, é mordido por um lobo. Logo em seguida o animal se levanta e foge.
O escritor vai ao médico, mas não dá muita atenção ao ocorrido. O tempo passa e sem perceber, Will começa a sofrer mudanças de comportamento. Sentidos como visão, audição e olfato estão mais aguçados.

No início ele não se dá conta de que sofre uma mutação, até o momento que ouve falar de alguns ataques vindos de um suposto animal feroz. Depois disso, ele procura um especialista que lhe revela estar se transformando num lobo e por isso, deve se manter longe da cidade, para não tornar-se uma ameaça à população.

Se não bastassem essas mudanças físicas, sua vida também sofre altos e baixos. Ele descobre que a mulher tem um amante (Stewart Swinton, vivido por James Spader) bem mais jovem. E o que é pior, vê seu emprego ameaçado por esse mesmo rapaz com quem sua esposa se envolveu.

Além disso, tentando convencer o novo comprador da editora, para a qual trabalha, a manter sua colocação, conhece a bela Laura Alden (Michelle Pfeiffer). A filha de seu novo patrão se interessa por ele, dando início a uma história de amor quase impossível.

Lobo é um ótimo filme. Mas, embora tenha o misticismo em cima dessa criatura, não pode ser classificado como um filme de terror. E sim um belo romance.

Pontos altos: A começar pela escalação de Jack Nicholson como protagonista. Sua personagem é muito ranzinza e quando começam as modificações, fica tão mal-humorado que chega a ser engraçado. A atuação do ator é um fator a mais na história, com destaque para os momentos em que começa a ter percepção sobre seus novos sentidos. Por fim o amor entre Laura e Will, que permite um fechamento brilhante, inesperado e surpreendente.

Melhor Cena: Em filmes como esse as transformações são sempre legais. Mas o final também é belíssimo.

Eu & a Obra: A primeira vez que assisti Lobo foi no cinema. Minha primeira impressão foi a de um filme bom, mas não dos melhores. Pois ainda fiquei com aquela ideia do tradicional. Ao ver depois com mais calma, percebi uma narrativa interessante e original. É o que falei, embora irreal se trata de uma bela história de amor. E histórias de amor são sempre bem vindas.

Eu & “Amaldiçoados”

Amaldiçoados (Cursed) eu descobri na locadora mesmo e confesso que fiquei muito feliz em ver um filme do gênero, como há muito tempo não aparecia. Mas também como esperar outra coisa do diretor Wes Craven. Conhecido por Pânico, foi o mesmo responsável pelo sucesso anos 80 – A Hora do Pesadelo. Que eu a-do-ro!
Lançado em 2005, contava a saga de dos irmãos Ellie (Christina Ricci) e Jimmy (Jesse Eisenberg). Numa noite de lua cheia, os jovens são surpreendidos por algo na estrada. O que no início parecia um pequeno acidente, aos poucos foi se revelando como uma espécie de maldição.

Tanto Ellie quanto Jimmy passam a sentir mudanças em seu comportamento, gerando força e um grande poder de sedução. Mas, o que no início aparece como algo bom, futuramente poderia transformá-los numa criatura nem um pouco agradável.

No decorrer da história, os irmãos descobrem que estão prestes a tornar-se um lobisomem, a menos que consigam decifrar a maldição e se livrar dela, antes que seja tarde demais.

Visão de uma espectadora: Amaldiçoados não chega a ser um “nossa, que filme”, mas é interessante. Principalmente por surgir numa época em que o gênero estava quase extinto. Com bom roteiro e efeitos, vale a pena dar uma conferida. Christina Ricci também não faz feio.

Melhor Cena: O acidente é interessante, assim como quando descobre do que se trata e lutam contra essa transformação.

Curiosidade: O elenco conta com o sumido Corey Feldman, ícone teen anos 80 (ao lado do companheiro Corey Haim).

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Eu & "Muito Bem Acompanhada"

Na semana em que se comemorou o Valentine’s Day escolho uma ótima comédia romântica, que está entre as minhas favoritas, para homenagear a data. Muito Bem Acompanhada (The Wedding Date) foi lançado em 2005 e apesar de pouco divulgada, eu mesma não sei dizer se chegou a ser exibida nos cinemas, agradou muita gente. Com direção de Clare Kilner, o filme trouxe os atores Debra Messing (da série A Ex) e Dermot Mulroney (O Casamento do meu Melhor Amigo) como protagonistas de uma história nem um pouco convencional.

Tudo começa quando a jovem Kat (Debra Messing) descobre que sua irmã mais nova vai se casar e seu ex-noivo é um dos padrinhos. Sabendo que não poderia deixar de ir ao casamento, e temendo ser vista como uma solteirona infeliz, a jovem contrata um acompanhante profissional, através de um anúncio no jornal, para se passar por seu namorado. É aí que entra Nick (Dermot Mulroney).

Como o primeiro contato com Nick foi por telefone, o casal só se conheceu pessoalmente no avião em direção à Londres. E já na primeira impressão, o rapaz deixou Kat desconcertada.

Chegando em casa, foi a vez da família dela se mostrar surpresa e um tanto intrigada com aquele homem belo e misterioso. Afinal, ninguém nunca ouvira falar a seu respeito. Mas, nos dias que antecederam a cerimônia todos puderam conhecer melhor Nick. Atraente, educado, atencioso e sexy, é claro que não demorou muito para conquistar de vez a família e principalmente Kat.

Por que vale a pena ver o filme: Se você curte comédias românticas essa com certeza vai arrancar boas risadas e ainda tirar seu fôlego. Ótimo roteiro, química entre o casal e uma belíssima trilha sonora. E mais, Dermot Mulroney como “acompanhante de luxo”.

Melhor cena: Destaco a sequência que acarreta na primeira vez entre Nick e Kat. Começa na despedida de solteiro da irmã de Kat, desenrola na noite deles juntos e termina no dia seguinte, durante o ensaio para a festa de casamento, com eles protagonizando uma rixa digna de “A Gata e o Rato”. E o que é melhor, ao som de Michael Bublé. Show!

Eu & a Obra: Descobri Muita Bem Acompanhada numa noite em que estava zapeando pela TV. Peguei o filme pela metade, mas vi até o final. No dia seguinte, consegui assisti-lo por inteiro e me apaixonei de tal forma que vi outras inúmeras vezes pela TV e ainda comprei o DVD para minha videoteca.