quarta-feira, 21 de abril de 2010

Eu & "Platoon"

Vi poucos filmes de guerra em minha vida. Talvez por já vivermos numa violência sem fim. Cinema é diversão e por isso há filmes que podem ser evitados. Mas com certeza Platoon (Platoon) não é um deles.

Lançado em 1986 e com direção do maravilhoso Oliver Stone – para quem não sabe ele é um ex-combatente e o filme é baseado em suas memórias, por isso ele é considerado um mestre em produções sobre guerra – o filme conta a experiência vivida pelo jovem Chris (Charlie Sheen) ao servir a guerra do vietnã.

Ingênuo e um tanto idealista, o jovem acredita que deve servir o país como fez seu avô e pai. Mas aos poucos descobre que estar numa guerra são marcas que jamais sairão de seu corpo e mente.

Em meio a violência, loucura e carnificina, Chris precisa aprender a lidar não só com os inimigos, como também a perda dos amigos e com os sargentos Barnes (Tom Berenger) – o assassino - e Elias (Willem Dafoe) – o pacifista -, que travam uma batalha particular graças às diferenças de ideias, apesar de estarem na mesma equipe.

Para amenizar o medo, Chris escreve cartas relatando o horror que presencia todos os dias. Como uma espécie de diário. Além disso, raramente compartilha alguns momentos relaxantes com seus companheiros de batalha. Como quando tocam, bebem e fumam um baseado.

Platoon é um dos filmes sobre a guerra do vietnã mais completos da história, assim como mais triste. Contém cenas bem fortes, como por exemplo a chacina de uma vila vietnamita. É preciso ter sangue frio para vê-lo, mas vale a pena conferir. Pois não deixa de ser um fato – lamentável - com profunda importância histórica.

Cenas Marcantes: Destaco a chegada do batalhão ao Vietnã, a sequência pré e pós chacina na vila vietnamita, a “festinha” regada a muito baseado e o duelo final entre Barnes e Elias.

Eu & a Obra: Confesso que na primeira vez que vi Platoon foi por causa do Johnny Depp. Sim, meu ídolo trabalhou no filme. E embora não tenha sido um grande papel, tem lá seu mérito na história. É o soldado Lerner (Johnny Depp) quem serve de intérprete entre os soldados americanos e os vietnamitas que eles encontram na vila. Pena que ele morre. Snif... Mas tirando esse detalhe, é um filme que gosto.

Curiosidade 1: O filme ganhou o Oscar de melhor filme, direção, montagem e som.

Curiosidade 2: Conversando um dia com Leo Ribeiro, um amigo cineasta, chegamos a conclusão de que a música “Adagio for Strings” é uma das mais marcantes e tristes já composta. Às vezes ela aparece em alguma novela da TV Globo, em cenas dramáticas. Claro!

Curiosidade 3: Além dos jovens Charlie Sheen e Johnny Depp o filme contou também com Forest Whitaker e Kevin Dillon (irmão de Mat Dillon), até então novatos nas telonas.

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