quarta-feira, 30 de junho de 2010

Eu & “Verônica”

Dando sequência ao Festival Nacional da TV Globo, o filme que a emissora preparaou para esta noite é Verônica. E como já o assisti, ele também está aqui no Eu, eu mesma & meus filmes.

O filme Verônica é uma produção de 2009. A história é focada numa professora da rede pública que convive diariamente com a violência na escola, embora nunca se acostume com essa situação.

Um dia Verônica (Andréa Beltrão) percebe que ninguém foi buscar Leandro (Matheus de Sá), um dos alunos da escola. Preocupada, decide levá-lo para casa. Chegando lá, descobre que seus pais haviam sido assassinados pelos traficantes do morro. E mais, os bandidos agora estão em busca do garoto.

Horrorisada com a situação, a professora resolve abrir mão de sua segurança para proteger o menino. Ela ainda pede auxílio ao ex-marido policial, vivido pelo ator Marco Rica. O problema é que para ele, Verônica fez uma grande burrada ao se expor desta forma e acaba traindo sua confiança.

No desenrolar da história a situação dela e da criança fica cada vez mais complicada, já que eles passam a ser perseguidos pelos assassinos e também pela polícia.

O filme: Verônica é um bom filme porque mostra um pouco esse universo da violência escolar, tantas vezes passado batido entre as pessoas comuns, mas bem significante para os professores que convivem diariamente com essa situação. Além disso levanta duas questões, o papel de um professor na educação de uma criança e a corrupção dentro da polícia.

Melhor Cena: Eu gosto muito dos diálogos entre Verônica e Leandro. Primeiro porque ela sabe impor respeito como se fosse uma mãe, ou educadora. A cena em que eles estão hospedados em um hotel, mostra bem isso. Além disso, disfarça muito bem o envolvimento que cresce entre eles, há cada momento. Já como melhores cenas, destaco quando ela decobre a traição do Marco Rica e a cena final.

Curiosidade: Me parece que essa história é verídica, mas eu não tenho certeza. O que é uma grande falha minha, por isso peço desculpas. Pesquisei, mas não encontrei nada a respeito. Mas lembro de ter visto, numa entrevista de Andréa Beltrão, algo a respeito. Bem, o certo é que o grande mérito da história é a atuação da atriz. Acostumada com comédia, ela conseguiu dar o ar dramático que o pepel pede, na dose certa.

Eu & a Obra: Assisiti o filme por um acaso no Canal Brasil, no mesmo ano em que ele saiu no cinema. Por um lado acho bom dar a oportunidade do telespectador conferir produções recentes. Por outro, comprova que nem todo filme nacional é valorizado nas salas de cinema. Uma pena! Bom, perdi o início. Mas como já conhecia a história, e estava curiosa para vê-lo até o fim, por ali fiquei. Gostei muito, apesar do filme ser um pouco pesado.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Eu & “Guerra ao Terror”

Pela primeira vez no blog falo de um filme que acabei de ver. Está fresquinho em minha mente e acredito que se manterá assim por um bom tempo.

Guerra ao Terror (The Hurt Locker) é uma produção de 2009. Vencedor do Oscar de melhor filme este ano, também faturou mais cinco estatuetas. O filme foi dirigido por Kathryn Bigelow, e entrou para a história do cinema por ter garantido o primeiro Oscar de melhor diretor a uma mulher.

A história mostra o dia-a-dia de um grupo de soldados americanos, que estão servindo no Iraque, dias antes de voltarem para suas casas. E o foco maior fica em cima do sargento Willian James (Jeremy Renner), especialista em desarmar bombas. Papel que rendeu a Jeremy Renner a indicação de melhor ator.

No decorrer do filme, James e seus companheiros presenciam situações que os obrigam a ter pulso firme e muito sangue frio. Isso se quiserem sair com vida daquele verdadeiro inferno.

Porque vale a pena conferir: Hoje entendo melhor porque Guerra ao Terror surpreendeu e faturou o oscar de melhor filme do ano. O filme é ótimo e de uma sensibilidade incrível. Embora já tenha sido usado em outras produções do gênero - ele também mostra a guerra pela perspectiva dos soldados -, a questão é a forma com que cada um vê seu papel ali. E isso fica muito bem explicado em uma das frases finais do Sargento James.

Melhor Cena: Se for para destacar cenas de ação, claro que as que James desativa as bombas estarão presentes. Pura adrenalina! Também destaco a cena em que o foco é numa mosca posando próxima ao olho do sargento, justamente naquele momento em que ele não pode se mexer.

E mais, como gosto de buscar o sublime em filmes desse gênero destaco duas cenas como minhas preferidas. A primeira quando James interage com um menino que conheceu na rua. Já a segunda, a última cena em que ele lida com uma bomba. Ao detoná-la, a câmera foca nele caído ao chão e logo depois em uma pipa no ar.

Curiosidades: O resultado de Guerra ao Terror me deixou muito feliz porque reforçou a ideia de que um bom roteiro é tudo na realização de um filme. Ele não foi muito divulgado e se não fosse a premiação, passaria batido pelas salas de cinema.

No entanto venceu “merecidamente” a megaprodução Avatar. E até por conta desse resultado, me fez ter um olhar mais técnico sobre a produção. E qual a minha surpresa? Cortes brutos e movimentos de câmera que nos faz acreditar se tratar de uma pessoa operando-a sem o uso de tripé. Sensacional!

Eu & a Obra: Já disse que não sou muito de ver filmes sobre guerra, talvez porque sejam os que mais me impressionam. Estava com vontade de assisir esse para entender melhor o porque de ganhar tantas estatuetas. O que dizer? Estou encantada!

Feliz por Kathryn Bigelow ser a primeira diretora a ter seu trabalho reconhecido pela Academia. Só acho uma pena Jeremy Renner não ter vencido o Oscar de melhor ator, o cara é muito bom. E ainda revi outros dois atores que adoro, mesmo que em pequenas participações: Ralph Fiennes e Guy Pearce. : )