sexta-feira, 18 de junho de 2010

Eu & “Garotos de Programa”

O filme que cito a seguir é um dos que mais gosto na vida. O engraçado é que ainda não havia surgido uma oportunidade em falar dele. Até ontem, quando li uma matéria no blog
http://pontovirgulaereticencias.blogspot.com/  que pertence a uma amiga minha.

O filme Garotos de Programa (My Own Private Idaho) foi lançado em 1991. Com direção de Gus Van Sant, um dos meus diretores favoritos, a produção é focada no unverso da prostituição masculina e protagonizada pelo saudoso River Phoenix e o ator Keanu Reeves.

Mike (River Phoenix) é um jovem michê. Gay, ganha a vida se prostituindo. Além disso, o rapaz sofre de narcolepsia. A doença provoca crises de sono repentinas, que podem tanto passar rápido como durar um bom tempo. E mais, um dia ele pode vir a dormir e nunca mais acordar.

Já Scott (Keanu Reeves), seu companheiro de profissão, é um “pobre jovem de família rica”. Bissexual, entra no mundo da prostituição apenas pela possibilidade de confrontar seu pai.

Os dois passam a dividir o mesmo espaço, assim como suas experiências, medos, angustias e sentimentos. Mas, graças ao carinho e cuidado com que Scott trata Mike, o jovem se apaixona pelo amigo. E esse amor vai estremecer a relação dos dois. Afinal, tudo na vida de Scott é uma aventura passageira.


Vale a pena conferir: Apesar de ser um drama, eu acho um filme lindo. Gosto de filmes fortes, que me passem alguma coisa, me fazem refletir. Numa era pré O segredo de Brokeback Moutain, representa muito bem a questão da prostituição masculina, universo das drogas e o relacionamento homossexual. Sem apelação e camuflagem.

Melhor Cena: Para mim a melhor cena mostra uma conversa entre os dois amigos, onde Mike confessa seu amor por Scott. Prepare o lenço!

Curiosidade: Esse filme não foi o primeiro trabalho em que River Phoenix e Keanu Reeves contracenaram juntos. Um ano antes eles haviam dividido o set em Te Amarei Até Te Matar, filme que também já vi e um dia conto para você.

Eu & a Obra: Vi Garotos de Programa no cinema, duas vezes. A primeira, fui com uma amiga do colégio. Morri de medo de ser barrada, já que nem eu, nem ela, tínhamos idade para entrar. Mas entramos e gostamos tanto, que voltamos na companhia de mais duas amigas.

Sobre isso tenho duas passagens engraçadas. Primeiro: uma dessas minhas amigas ficou com vergonha de dizer à mãe o nome do filme, já que de início o mesmo pode ser confundido com erótico. Segundo: nossa reação em relação a obra. Em virtude de uma sociedade conservadora e machista, aceitar uma relação homossexual de imediato pode não ser uma tarefa fácil. Ainda mais para adolescentes. Mas foi muito bom saber que na década de 90 já não tínhamos preconceito e estávamos abertas ao novo. Todas nós achamos a história linda, choramos e torcemos para um final feliz entre os rapazes.

Eu & parte da Obra: Tanto Keanu Reeves como River Phoenix estávam em um bom momento quando fizeram esse filme. Lindos, desempenharam bem seus papeis. Segundo a crítica, com destaque para River que conseguiu se superar. Amava ele e até hoje sinto por sua morte tão precoce. : (

2 comentários:

Fabi disse...

Hm... vale a pena ver! Nunca tinha ouvido falar. Valeu pela indicação ;)

Taty Bruzzi disse...

Oi Fabi, obrigada pela visita. Sempre que puder, dê uma passadinha por aqui e confira minhas dicas :D

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