quarta-feira, 7 de julho de 2010

Eu & “Meu nome não é Johnny”

Fechando a parceria com o Festival Nacional, exibido na TV Globo, o filme de hoje é Meu nome não é Johnny. Aclamado pelo público, sucesso de bilheteria, a produção de 2008 é baseada em fatos reais.

A história narra a trajetória de João Guilherme Estrella (Selton Mello) - considerado o maior traficante do Rio na década de 90 - desde sua entrada no submundo das drogas até a redenção.

De classe média, criado na zona sul da cidade, o rapaz frequentou os melhores colégios e sempre andou na companhia de jovens pertencentes às famílias mais influentes do Rio de Janeiro. Adepto a esbórnia, acabou se infiltrando no universo das drogas. Daí para o tráfico foi um pulo.

E assim começa a trajetória de Johnny, ou melhor, João Estrella. O que começou como um grande “barato”, acabou tomando uma proporção maior do que a esperada. O jovem se torna traficante internacional, ganha dinheiro na mesma proporção em que gasta, se apaixona por Sofia (Cleo Pires) - com a qual vive uma grande e breve paixão -, é preso e condenado a tratamento psiquiátrico.

Vale a pena conferir: Todo bom filme tem seus prós e contra, e Meu nome não e Johnny não foge a regra. A seu favor encontramos uma produção impecável, com elenco de primeira, personagens fortes e ótimas atuações. A grande repercursão na mídia foi fator primordial para seu sucesso, o que acabou valorizando-o demais.

Melhor Cena: Gosto das sequências em que Johnny negocia drogas, ao som de Titãs. Deu uma agilidade muito bacana. Apesar de ser um filme dramático, e Selton Mello ser um monstro da interpretação, prefiro destacar as cenas em que Julia Lemmertz, que interpreta sua mãe, aparece. Ela dá o tom perfeito. Já para rir, nada como a cena em que Johnny serve de intérprete na cadeia. Sensacional!

Curiosidade: Não há um fator que podemos considerar curiosidade, já que toda a história é bem explícita na produção. Mas como é verídico acho bacana enfatizar que após sua redenção, João Estrella se tornou um produtor musical conhecido.

Eu & a Obra: Assim como uma grade maioria, vi Meu nome não e Johnny porque queria conferir se era tão bom quanto falavam. Gostei, claro. É um filme bom, desses que nos faz pensar e repensar na vida. Retrata bem o universo das drogas e a corrupção na polícia.

Mas o que me preocupa, e aí aponto como uma falha – ponto negativo -, é a forma como produções assim tendem a humanizar demais esses jovens, de boa classe social, que caem nessa “onda” e só se arrependem quando pegos no bote. Não dá para fechar os olhos e não reconhecer a parcela de culpa que essa mesma juventude tem, em relação ao crescimento do tráfico nas grandes cidades.

Jabá: Uma crítica minha sobre esse filme saiu no site NaTelinha, em abril do ano passado. Confere lá: http://natelinha.uol.com.br/2009/04/29/not_22128.php  

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