domingo, 4 de julho de 2010

Eu & "Nascido em 4 de Julho"

Não há data mais propícia para falar desse filme que hoje, dia em que se comemora a independência dos Estados Unidos. É com muita alegria que relembro dele aqui e aponto como um novo clássico, pois acredito que entrou para a história do cinema.

Nascido em 4 de Julho (Born on the Fourth of July) foi lançado no finalzinho dos anos 80, tendo o galã Tom Cruise no papel principal e direção de Oliver Stone, que para mim sabe como ninguém produzir um filme sobre guerra.

A história conta à ida de um jovem rapaz para o Vietnã. Ron Kovic (Tom Cruise) é um idealista que acredita demais em sua pátria. Um dia, contrariando a vontade de sua família e namorada, se alista num grupo de soldados para servir na guerra.

Chegando lá, não demora muito para ser pego em um combate. Os ferimentos provocam a paraplegia em Ron e ele retorna para seu país completamente revoltado. De volta para casa, recebe uma condecoração, seguida de uma medalha, pelos serviços prestados à pátria.

O tempo passa e Ron começa a sentir suas limitações, limitações estas que de início lhe fazem desistir de seus sonhos. O rapaz fica revoltado e sem vontade de fazer nada para mudar aquela situação.

Até o dia em que resolve cobrar do Estado mais respeito e melhores condições de vida aos veteranos de guerra. É aí que o jovem começa uma nova batalha, só que desta vez em prol de uma vida melhor.

Vale a pena conferir: Porque Oliver Stone mostrou-se mais uma vez um gênio, ao tratar de um assunto tão delicado que foi a Guerra do Vietnã. Além disso, dá uma visão bem crítica de como funciona o “sistema”, em tempos de guerra, numa grande potência e levanta a questão do patriotismo, tão presente na sociedade norte-americana. O que de certa forma é muito bonito.

Melhor Cena: O filme é pesado, triste. Não é nada fácil ver um jovem ter seus sonhos, sua vida, destruída. As melhores cenas estão relacionadas à paraplegia de Ron. Desde sua reação até a aceitação de suas limitações. Mas se é para derramar lágrimas, destaco quando ele passa a noite com uma mulher. O rapaz chora porque não consegue senti-la e precisa ser guiado por ela. É P#*a...

Curiosidades: As presenças do diretor Oliver Stone, no papel de um repórter. Além de Stephen Baldwin e Willian Baldwin (irmãos do Alec Baldwin – da série 30 Rock). Super desconhecidos, em início de carreira. Isso é muito legal!

Mas algo que eu destacaria aqui é a coragem de Tom Cruise em fazer esse filme, numa época em que estava no auge. Apontado como mais uma “carinha bonita” de Hollywood, o ator topou ficar feio – ele envelhece no decorrer da história, chegando a ficar calvo - e arrasou em sua atuação. Tanto que foi indicado ao Oscar de melhor ator. Vale lembrar que além dessa indicação, o filme recebeu mais oito. Porém, faturou apenas às estatuetas de direção e montagem.

Eu & a Obra: Esse foi mais um dos poucos filmes de guerra que vi. Adorei! Boa história, roteiro bacana, com ótimas críticas. Adoro as produções de Oliver Stone. Gostei muito da atuação de Tom Cruise, me fez chorar. E ainda tem Willian Dafoe, que repete a dobradinha com Stone iniciada em Platoon. Esse ator dispensa comentários.

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