quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Eu & “Sociedade dos Poetas Mortos”

E os especial em comemoração ao meu anversário continua, hoje com um clássico que marcou toda uma geração. Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society) é uma produção de 1989. Tendo o ator Robin Williams encabeçando o elenco, o filme mostra a rotina de jovens internos da Academia Welton, escola tradicional e opressora.

A história tem início quando John Keating (Robin Williams), um ex-aluno, retorna no papel de professor. Através do seu jeito despojado e método ousado, o professor de poesia não demora muito a conquistar a confiança e curiosidade dos seus alunos.

Quando um grupo de jovens, liderado por Neil (Robert Sean Leonard), descobrem que anos atrás existiu, nessa mesma universidade, uma sociedade secreta liderada por John, cujo os encontros eram brindados com poesias, o professor não teve mais paz.

Empolgados pelo desejo de liberdade, os estudantes não se contentaram apenas em ouvir as histórias daquela época. E o jeito foi reviver a “Sociedade dos Poetas Mortos”, dessa vez tendo como membros Todd A Anderson (Ethan Hawke), Neil Perry (Robert Sean Leonard), Steven K C Meeks Jr. (Allelon Ruggiero), Charlie Dalton (Josh Charles), Knox T Overstreet (Gale Hansen), Richard S. Cameron (Dylan Kussman) e Gerard J Pitts (James Waterston).

Os encontros aconteciam na calada da noite, em um local secreto. Lá, os jovens discutiam suas ideias, revelavam seus segredos e principalmente, liam poesias. Poemas de autores renomados e dos próprio personagens, como sendo renovadores e estimuladores de ações e pensamentos. Era um o momento pleno de libertação. Ali, eles podiam ser o que realmente eram.

Os encontros secretos, assim como as aulas e conselhos do professor John, foram dando cada vez mais coragem aos alunos. Os jovens passam a acreditar em si e na realização de seus sonhos.

A reviravolta nessa história começa quando Neil decide tentar encenar uma peça tetral de Shakespeare. O jovem consegue o papel, mas seu pai não lhe dá permissão. Mesmo assim, o jovem decide enganar seus pais e estrear a peça.

Seu pai toma conhecimento, o retira do teatro e culpa o professor de ter colocado “ideias indiciplinares” na cabeça do filho. Além de brigar com o Neil, avisa que ele nunca mais voltará para aquela instituição de ensino.

A atitude do pai fará com que Neil tenha uma reação drástica, que marcará para sempre a vida de quem o conheceu.

Vale a pena conferir: Sempre achei que Sociedade dos Poetas Mortos é um filme que todos deveriam assistir pelo menos uma vez na vida. É uma obra belíssima, que tratou como nenhuma outra a questão da opressão, escolar e familiar, e o que ela pode gerar em uma sociedade, enquanto jovem.

Melhor Cena: Há muitas cenas de arrancar lágrimas, onde sentimentos como tristeza e felicidade se fundem. Destaco os encontros secretos dos jovens, assim como suas aulas com John. Também os destinos trágicos de dois integrantes da “Sociedade”, sendo um deles o jovem Neil. Além da cena final, claro!

Curiosidades: O ator Robin Williams recebeu indicação ao Oscar de melhor ator por esse trabalho. O filme recebeu ainda às indicações de melhor filme, diretor e roteiro original, faturando a estatueta nessa última categoria.

Para quem não reconheceu, o ator que interpreta o jovem Neil é Robert Sean Leonard, o Dr. Wilson da série House.

Sociedade dos Poetas Mortos trouxe uma discussão sobre os moldes da verdadeira educação, cujo objetivo deveria induzir o estudante a fazer o que gosta, acreditar no que está dentro de si, e não o que lhe é imposto. Por isso a legenda Carpe Diem (aproveite o dia) se tornou um lema não apenas daquelas personagens, como de todos os que conferiam a obra.

Anos mais tarde o filme O Sorriso de Monalisa foi apontado como sendo a versão feminina de Sociedade dos Poetas Mortos. Desta vez é Julia Roberts quem dá vida a uma profesora avançada para seu tempo, tendo que lidar com meninas em um colégio onde as alunas são preparadas para a vida doméstica. Muito bom, por sinal.  

Eu & a Obra: Sou contra qualquer tipo de ditadura e totalmente a favor da liberdade, seja ela de expressão, pensamento ou obra. Amo esse filme pela sensibilidade com que temas tão fortes, foi abordado. Interpretação, cenas, trilha sonora... Com ele eu rio, choro e acima de tudo, penso. É completo, por isso tão bom. Carpe Diem!

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